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Baixa renda tem poucos projetos

Por Edna Simão
Atualização:

Dos 79 empreendimentos contratados, até o momento, pela Caixa Econômica Federal no programa "Minha Casa, Minha Vida", apenas oito são voltados à população que ganha entre zero e três salários mínimos. A maioria (64), segundo balanço divulgado pelo Ministério das Cidades, atende o público com renda mensal entre três e dez salários mínimos. A construção dos 79 empreendimentos com 8.871 moradias exigirá investimentos de R$ 630,5 milhões. Deste total, apenas R$ 79 milhões serão direcionados para a construção de 2.122 moradias para pessoas com renda mensal de até três mínimos. O restante (R$ 551 milhões) vai ser liberado para a execução de 6.749 imóveis para famílias com renda entre 3 e 10 salários mínimos. Por enquanto, a Caixa já recebeu 472 projetos das construtoras para viabilizar a execução de 80.830 unidades habitacionais. As propostas envolvem investimentos de R$ 5,21 bilhões. Outro balanço feito Caixa, até 12 de junho, aponta que o banco assinou convênios com 2.528 municípios para viabilizar a construção de imóveis para a baixa renda. Do total de manifestações, 914 foram do Sudeste; 828, do Nordeste; 395, do Sul; 199, do Norte; e 192, do Centro-Oeste. O "Minha Casa, Minha Vida" é uma das principais armas do governo para evitar que a economia brasileira registre um tombo ainda mais brusco neste ano por causa dos efeitos da crise mundial. Lançado em março, ele tem como objetivo construir 1 milhão de moradias para a população com renda de até 10 salários mínimos e contará com investimentos de cerca de R$ 60 bilhões. Técnicos do governo acreditam que a contribuição do programa para o Produto Interno Bruto (PIB) aparecerá apenas no quarto trimestre, quando um número maior de obras deverá sair do papel.

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