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Balança comercial tem superávit de US$ 2,7 bilhões em agosto

O resultado é o melhor para o mês desde 2012, quando agosto registrou superávit de US$ 3,221 bilhões; no ano, saldo está positivo em US$ 7,3 bilhões

Por Bernardo Caram
Atualização:
No acumulado ano, a balança está positiva em US$ 7,297 bilhões Foto: JOSE PATRICIO/ESTADÃO

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,689 bilhões em agosto, resultado de exportações de US$ 15,485 bilhões e importações de US$ 12,796 bilhões. O resultado é o melhor para o mês desde 2012, quando agosto registrou superávit de US$ 3,221 bilhões.

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A redução das importações, por conta do ritmo fraco da economia, continua a ajudar no saldo da balança comercial. O dólar, que acumula valorização de quase 40% em 2015, também contribui, embora a queda do preço das commodities acabe pesando contra.

As exportações brasileiras registraram média diária de US$ 737,4 milhões em agosto, queda de 24,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já as importações registraram média diária de US$ 609,3 milhões, com retração de 33,7%. 

Na quarta semana do mês passado, a balança teve um superávit de US$ 636 milhões, com vendas externas de US$ 3,720 bilhões e importações de US$ 3,084 bilhões. Os números foram divulgados nesta terça-feira, 1, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O saldo positivo ficou dentro das expectativas de mercado, mas pior que a mediana calculada pela Agência Estado.

No acumulado ano, a balança está positiva em US$ 7,297 bilhões. No mesmo período de 2014, o resultado comercial apresentou um superávit de US$ 250 milhões. Neste ano, as exportações somaram US$ 128,347 bilhões de janeiro a agosto e as importações totalizaram US$ 121,05 bilhões.

O resultado das exportações é explicado, entre outros fatores, por uma retração de 25,3% no embarque de básicos, ante agosto de 2014, com destaque para farelo de soja (-49,3%) e minério de ferro (-49,1%). As exportações de manufaturados caíram 24,8%, com retração da vendas de óleos combustíveis (-68,5%) e açúcar refinado (-43,1%). Já os semimanufaturados retraíram 15,3%, explicado principalmente pela queda de açúcar em bruto (-42%) e couros e peles (-36,5%).

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Pelo lado das importações, a retração é explicada principalmente pela queda nas importações de combustíveis e lubrificantes (-64,9%). Segundo o MDIC, a redução foi provocada pela diminuição nos preços de petróleo, naftas, óleos combustíveis, gasolina, gás natural e carvão.

No segmento de matérias-primas e intermediários houve queda de 32,8%, motivado por produtos alimentícios, minerais, matérias-primas para agricultura, entre outros. As importações de bens de consumo tiveram redução de 21,9% no mês e de bens de capital, queda de 21,5%. 

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