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Balança: especialistas avaliam o resultado

Superávit de US$ 392 milhões da balança comercial de maio foi bom, mas nem tanto, segundo especialistas de comércio exterior. Eles não endossam a projeção de US$ 4 bilhões para o ano mantida na revisão do acordo com o FMI.

Por Agencia Estado
Atualização:

A projeção do superávit de US$ 599 milhões de janeiro a maio para o resto do ano resulta em um valor um pouco maior do que US$ 2 bilhões. Na avaliação do consultor, Michel Alaby, esse número já seria muito bom para o Brasil, dado ao padrão de exportações do Brasil. Já o economista-chefe do Banco Inter American Express, Marcelo Allain, acha que qualquer resultado acima de US$ 2,6 bilhões será muito difícil de ser alcançado. Ele acredita que o número de maio é bom, porém esse mês costuma apresentar superávits maiúsculos. Isso porque as importações são baixas, enquanto os embarques da safra agrícola chegam ao pico. Na mesma linha, o diretor vice-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais (Sobeet), Antônio Corrêa de Lacerda, frisou que duas expectativas fundamentais para a melhoria do desempenho da balança comercial não se concretizaram: os preços do petróleo, que não recuaram; e os preços dos produtos agrícolas, que não reagiram. "A conseqüência disso será a revisão do saldo que projetávamos em US$ 3 bilhões, para em torno de US$ 2 bilhões", acrescentou Lacerda. As explicações de Lacerda podem ser comprovadas pelo boletim de maio da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), divulgado na quarta-feira. O relatório mostra que o volume físico exportado no período de quatro trimestres, incluindo o primeiro deste ano, cresceu 13,2%, na média, mas os preços caíram 10,2%. No prato das importações, o volume caiu 8,8%, enquanto os preços subiram 0,5%.

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