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Bancários atrasam abertura de agências na Av. Paulista

O atraso foi um protesto devido ao cancelamento da rodada de negociação salarial da categoria, que tem data-base em 1º de setembro

Por Agencia Estado
Atualização:

Bancários do Itaú, Bradesco e Unibanco atrasaram na manhã desta segunda-feira a abertura de 25 agências destas instituições na Avenida Paulista. De acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, as agências seriam abertas somente após o meio-dia, como forma de protesto, depois do cancelamento da rodada de negociação salarial da categoria, que tem data-base em 1º de setembro. Os trabalhadores reivindicam aumento real de salários, de 7,05%, além de participação maior nos lucros e resultados - de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. Os bancários dizem que os representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), comprometeram-se, em reunião realizada na terça-feira (29), a apresentar uma proposta às cláusulas econômicas da minuta de reivindicações nesta semana, mas que, na sexta-feira, dia 1º, a reunião foi desmarcada por contato telefônico. A assessoria de imprensa da Febraban limitou-se a informar que o superintendente de Relações do Trabalho da entidade, Magnus Ribas Apostólico, não agendou para esta semana a apresentação da proposta citada pelos trabalhadores. Além das 25 agências que abriram mais tarde, participaram do dia de protesto em São Paulo os bancários do Safra e do Banco do Brasil. Segundo o sindicato, ao todo, a atividade abrangeu cerca de 3.500 trabalhadores na Avenida Paulista. Às 9h30 desta segunda-feira, foi realizada assembléia em frente ao banco Safra, onde foram debatidos os próximos passos da campanha nacional dos bancários. O sindicato informou que outras atividades devem acontecer nos próximos dias. "Os banqueiros estão levando a campanha ao impasse. Nossa data-base é 1º de setembro e, até agora, não temos sequer uma proposta", afirmou, em comunicado à imprensa, o presidente do sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. "Estamos debatendo com os trabalhadores em todo o Brasil e, se a Fenaban não negociar, os bancários podem parar em breve", alertou Marcolino.

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