PUBLICIDADE

Bancários entram no 6º dia de greve

Por Agencia Estado
Atualização:

A greve nacional dos bancários atingiu ontem seu sexto dia e levou os representantes dos bancos a reabrir negociações. Segundo a Confederação Nacional dos Bancários, 200 mil trabalhadores já aderiram à paralisação em 18 Estados e o movimento deve ganhar força com a realização de assembléias em mais seis Estados. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) marcou para hoje, às 15 horas, em São Paulo, uma nova rodada de negociações sobre o reajuste salarial da categoria, que tem data-base em 1º de setembro. A proposta dos bancos, rejeitada, previa reajuste de 8,5% mais um adicional de R$ 30 para quem ganha até R$ 1.500. Previa, ainda, prêmio de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) de 80% do valor do salário mais R$ 705 e pagamento de vale-alimentação extra de R$ 217. Os bancários reivindicam reajuste de 25% e PLR de um salário mais R$ 1.200, entre outras. De acordo com a Fenaban, no entanto, o encontro não significa que os bancos estejam dispostos a modificar sua proposta. Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que representa 106 mil empregados, o balanço final de ontem mostrou a paralisação de 376 locais de trabalho e de cerca de 25 mil trabalhadores. Em Osasco e região foram 52; a Avenida Paulista e entorno, 52; na zona leste, 62; na oeste, 52; na norte, 50; na sul, 34, e no centro, 74. O movimento cresceu nos bancos privados, que teve mais de 200 locais parados. Julgamento da greve Ao mesmo tempo em que as negociações eram retomadas, o Ministério Público do Trabalho ingressou com dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2.ª Região (São Paulo), pedindo o julgamento da greve. No Rio de Janeiro, a greve chegou à Justiça comum e o Bradesco conseguiu reabrir ontem agências por força de uma liminar. Segundo o Sindicato dos Bancários do Rio, Banco do Brasil e Safra também obtiveram liminares, mas optaram por não reabrir as agências. "Os banqueiros estão indo à Justiça Cível, passando por cima da Justiça do Trabalho, dizendo que os bancários estão prejudicando suas operações", reclamou o presidente do sindicato, Vinícius Assunção.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.