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Bancários não são contra venda da Nossa Caixa ao BB

Por Ricardo Leopoldo
Atualização:

O deputado estadual Davi Zaia (PPS), presidente da Federação dos Bancários do Estado de São Paulo e Mato Grosso do Sul, informou à Agência Estado que as duas federações de bancários do Estado de São Paulo decidiram, em reunião realizada ontem, não criar obstáculos à incorporação da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil. Segundo ele, foi criada uma comissão de representantes dos trabalhadores para acompanhar as várias fases do processo de aquisição da Nossa Caixa pelo BB. "Poderemos apoiar a transação, desde que sejam garantidos os empregos e os direitos dos 15 mil funcionários da Nossa Caixa e também dos aposentados", comentou. Para Zaia, se a Nossa Caixa for eventualmente vendida em leilão para uma instituição privada é bem provável que o nível de demitidos seja muito alto. "Acredito que podem ser dispensados cerca de 50% dos 15 mil trabalhadores, ou seja, perto de 7.500 pessoas. Isso ocorreria porque os bancos privados têm uma rede de agências no Estado muito maior do que a soma do Banco do Brasil e Nossa Caixa", comentou. "No caso do BB, não devem ocorrer cortes, pois a instituição está interessada em expandir suas atividades em São Paulo, como nos afirmou o presidente do BB, Antônio Francisco de Lima Neto, na sexta-feira." Para o deputado, há hoje "uma enorme pressão de concentração do sistema bancário" no País, sobretudo pelo setor privado, o que faz com que os bancários se manifestem a priori favoráveis à incorporação da Nossa Caixa pelo BB. "Esse é o caminho mais correto para defender o interesse dos funcionários e fazer com que o Estado de São Paulo mantenha um banco público. Com a compra da Nossa Caixa, o BB terá mais força para concorrer com as instituições privadas", ressaltou.

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