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Bancários pedem que MP do Trabalho ajuíze dissídio coletivo

Por Agencia Estado
Atualização:

Representantes da Oposição Bancária de Brasília, integrada por militantes contrários à cúpula da CUT, apresentaram nesta segunda-feira ao Ministério Público do Trabalho um pedido de intervenção no atual movimento grevista, ajuizando dissídio coletivo. Com o dissídio, o julgamento do reajuste salarial da categoria caberia ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). "O que os bancários não suportam mais é prolongar essa situação em que os banqueiros não querem negociar e os dirigentes sindicais estão comprometidos com os interesses do governo", afirmou Manuel Leite, delegado sindical do Banco do Brasil, que faz parte do Movimento Nacional de Oposição Bancária. O pedido de dissídio foi entregue à procuradora-geral do Trabalho, Sandra Lia Simón, que hoje deve tomar uma decisão. A greve bancária começou há três semanas contra a vontade da maioria dos sindicatos da categoria, que já haviam praticamente fechado um acordo com os banqueiros em torno do reajuste de 8,5% a 12,77%. Na semana passada, o presidente do TST, Vantuil Abdala, tentou intermediar a reabertura das negociações, mas os representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foram taxativos ao dizer que não ampliariam mais sua proposta. Contraproposta Em assembléia nesta segunda-feira, em São Paulo, os bancários elaboraram uma contraproposta de redução de 25% para 19% do reajuste salarial reivindicado pela categoria. Para esta terça-feira, o diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, José Wilson da Silva, afirmou que a estratégia do sindicato será passar a fazer piquete em locais onde não havia a presença ostensiva de grevistas. Segundo ele, a partir de amanhã, a greve passará a ser a mais longa desde os últimos 40 anos. Num universo total de 18 mil bancários, de acordo com o sindicalista, a greve em Brasília conta hoje com a adesão de 12 mil pessoas.

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