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Bancários rejeitam proposta e greve deve continuar

Por Paulo Justus
Atualização:

Representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e dos bancários retomaram hoje a negociação salarial de 2008. A Fenaban propôs reajuste de 9% para os pisos salariais e salários até R$ 1.500. Para os salários acima desse valor, os bancos ofereceram aumento de 7,5%, o mesmo apresentado na última rodada de negociações, ocorrida em 24 de setembro. O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta no ato e orientou os sindicatos de todo o País a manter a greve até amanhã, quando as negociações serão retomadas. "Esperamos que a Fenaban possa apresentar uma proposta que possa ser levada às assembléias", afirma Vagner Freitas, coordenador do Comando Nacional dos Bancários. Os bancários querem reposição salarial de 7,15% relativa à inflação e aumento real de 5%. O reajuste de 9% proposto pela Fenaban também incide sobre a gratificação de caixa e a parcela fixa e o teto da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) adicional. Para o vale-refeição, o vale-alimentação e o auxílio-creche-babá, o reajuste proposto foi de 7,5%. O reajuste dos benefícios não atinge as reivindicações da categoria: auxílio-creche e vale-alimentação de R$ 415, além de vale-refeição de R$ 17,50 por dia. Em relação à PLR, os bancos propuseram manter a formulação de regra básica (80% do salário mais valor fixo de R$ 957,02, já corrigido pelos 9%). "A proposta é inferior ao reivindicado pelos bancários. Amanhã as negociações continuam e vamos buscar melhorar a proposta, já que os bancos somaram resultados extraordinários e têm condições de apresentar uma proposta à altura do empenho dos bancários", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato e membro do Comando. De acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a greve atingiu 504 agências e mobilizou 17.330 bancários da região hoje.

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