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Banco Central aumenta meta de inflação para 2003

Por Agencia Estado
Atualização:

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou para "um número próximo" a 6% a meta de inflação ajustada para 2003. De acordo com a ata da reunião da semana passada do comitê, divulgada no início da tarde, os diretores do BC afirmam que esse aumento se deve ao impacto da inércia inflacionária que será sentido de 2002 para 2003 e pelo aumento dos preços administrados pelo governo. A meta de inflação estabelecida para 2003 é de 4%, com margem de variação de 2,5 pontos porcentuais para cima ou para baixo. Entretanto, por causa da crise na economia este ano, o BC decidiu ao final de setembro "perseguir" uma meta de inflação ajustada de 5%, conforme disse o diretor de Política Econômica do BC, Ilan Goldfajn, quando foi divulgado o relatório de inflação do terceiro trimestre deste ano. A magnitude e a persistência dos choques vividos pela economia, entretanto, levaram o BC a redefinir essa meta ajustada na reunião do Copom da semana passada. Na avaliação feita pelo Comitê, a manutenção da taxa Selic em 21% ao ano e da taxa de câmbio no patamar que prevalecia na véspera da reunião do Copom - R$ 3,90 por US$ 1,00 - aponta para uma inflação acima do limite superior do intervalo de tolerância em 2002 e "em torno da meta ajustada" para 2003. Isso significa que a inflação este ano irá superar os 5,5% e tende a ficar em torno de 6% em 2003. Na reunião de setembro, o Copom já estimava que a inflação este ano iria superar o teto da meta estabelecida e, para 2003, o IPCA ficaria "acima do centro da meta" definida, o que significa um porcentual superior a 4%. As projeções de setembro foram feitas a partir de dois pressupostos diferentes daqueles utilizados este mês: uma taxa de juros constante em 18% ao ano e uma taxa de câmbio de R$ 3,20 por dólar.

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