PUBLICIDADE

Banco Central da Etiópia busca ouro falso em seus cofres

Comissão do Parlamento pediu que lotes novos e antigos fossem analisados.

Por Elizabeth Blunt
Atualização:

O Banco Nacional da Etiópia recebeu ordens do Parlamento para fiscalizar todo o ouro de seus cofres para determinar sua autenticidade, depois da descoberta de que parte do que tinha comprado por milhões de dólares era, na verdade, aço banhado a ouro. A primeira pista de que havia algo errado com o metal surgiu quando o Banco Central da Etiópia exportou um carregamento de barras de ouro para a África do Sul. Os sul-africanos mandaram o carregamento de volta à Etiópia afirmando que o metal não passava de aço dourado. Uma investigação revelou que o banco etíope tinha comprado um carregamento de ouro falso de um fornecedor, que já está preso. Outras pessoas foram presas, incluindo um sócio do principal acusado, autoridades do Banco Central e químicos do Departamento de Pesquisa Geológica da Etiópia, que eram os responsáveis por analisar os carregamentos de ouro comprados pelo banco para verificar se o metal era verdadeiro. Inspeção Também foi descoberto um outro lote de ouro falso nos cofres do banco. Desta vez, o lote já estava nos cofres havia vários anos, depois de ter sido apreendido com contrabandistas que tentavam levar o metal para o Djibuti. O Comitê de Finanças e Orçamento do Parlamento etíope ordenou a inspeção de todo o ouro nos cofres do banco nacional. Um relatório do auditor-geral deve ser apresentado ao Parlamento da Etiópia. O ouro é extraído em grandes quantidades na Etiópia e os que quiserem vender o metal para o Banco Central precisam submeter o ouro a testes e conseguir o certificado do Departamento de Pesquisa Geológica. Ainda não se dabe se o banco comprou ouro falso ou se o ouro verdadeiro que estava nos cofres foi trocado por aço dourado, mas o certo é que a fraude custou ao Banco Central muitos milhões de dólares. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.