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Banco Central dos EUA acha remoto risco de deflação

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor do Federal Reserve (Fed - o Banco Central dos EUA), Ben S. Bernanke, disse que o risco de deflação nos EUA é "remoto", em parte porque o BC tem um grande arsenal de instrumentos para combater tal risco, mesmo depois de exaurir as reduções nas taxas de juro. Em discurso no Clube Nacional de Economistas, Bernanke disse que o BC tem muitos outros meios de manter a economia crescendo se for forçado a reduzir as taxas de juro para zero. A taxa dos Fed Funds está atualmente em 1,25%, o menor nível em 41 anos. "Para um futuro previsível, as chances de uma séria deflação nos EUA parece ser de fato remota, em grande parte por causa de nosso vigor econômico adjacente, mas também por causa da determinação do Federal Reserve e outras autoridades norte-americanas em agir de forma preventiva contra pressões deflacionárias", disse Bernanke. O presidente do Fed de Chicago, Michael Moskow, também disse que não vê risco de deflação nos EUA. Ele afirmou que a economia norte-americana vive um momento de debilidade, mas deverá recuperar impulso para crescer em 2003. Em conferência do Clube Econômico de Lansing, Moskow disse que os indicadores recentes mostram que a economia está em atividade reduzida, depois de ter registrado taxas de crescimento respeitáveis no primeiro semestre. Ele ressalvou que há vários fatores dando sustentação a uma recuperação, entre eles os ganhos recentes dos mercados de ações, que alimentaram a confiança do consumidor e um mercado imobiliário robusto. Moskow não falou sobre política monetária e o discurso foi praticamente o mesmo que ele havia feito na quarta-feira. Segundo Moskow, as ameaças de novos ataques terroristas e o custo adicional dos negócios, resultante do aumento dos prêmios de seguro e dos gastos com medidas de segurança, provocaram "um alto grau de incerteza" que restringiu os gastos dos consumidores e os investimentos das empresas. Ele disse que as reduções de impostos adotadas em 2001 aconteceram "no momento ideal" e que os novos cortes de impostos planejados pelo governo vão trazer novos estímulos para a economia.

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