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PIB crescerá 1% este ano e inflação deve ficar em 2,8%, afirma BC

Estimativa anterior da instituição era de 0,7%; para o ano que vem, BC espera crescimento de 2,6% no PIB e inflação de 4,0%

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Por Eduardo Rodrigues e Fabrício de Castro
Atualização:

BRASÍLIA - O Banco Central (BC) revisou a expectativa de alta no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano para alta de 1,0% ante estimativa anterior de 0,7%. A perspectiva para o IPCA, índice oficial de inflação, caiu de 3,2% para 2,8%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado nesta quinta-feira, 21.

O acordo de leniência com o BC, proposto na medida provisóriaoriginal, era visto como um empecilho ao trabalho do MPF. Foto: André Dusek/Estadão

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A instituição também revisou a expectativa para o PIB de 2018, que estava em crescimento de 2,2%; agora, a esperança é de aumento de 2,6% no ano que vem. 

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Entre os componentes do PIB para este ano, o BC projeta crescimento de 12,8% da agropecuária, queda de 0,3% no setor industrial e alta de 0,3% para o segmento de serviços. Antes, as previsões eram de +12,1% para a agropecuária, de -0,6% para a indústria e de +0,1% para serviços.

No lado da demanda, o BC estima que o consumo das famílias vá acumular aumento de 1,2% em 2017, ante avanço de 0,4% projetado antes. O consumo do governo terá retração de 0,8%, ante recuo de 1,8% do relatório anterior.

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O documento de hoje indica ainda que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) - indicador que mede o volume de investimento na economia - deverá ter recuo de 2,5% em 2017. No RTI de setembro, a expectativa era de retração de 3,2%. 

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Inflação. A instituição também divulgou suas projeções para a inflação de curto prazo, que abarcam os meses de dezembro, janeiro e fevereiro. A previsão para o IPCA em dezembro é de alta de 0,29%. Já a projeção para janeiro de 2018 é de aumento de 0,53% e, para fevereiro, avanço de 0,47%.

No mais recente Relatório de Mercado Focus, divulgado na última segunda-feira, 18, as projeções do mercado financeiro para o IPCA eram de +0,33% em dezembro, +0,46% em janeiro e +0,44% em fevereiro. 

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No relatório divulgado nesta quinta-feira,  a instituição também indicou que a probabilidade de a inflação de 2017 ficar abaixo do piso da meta, de 3%, já está em 90%. No documento anterior, divulgado em junho, ela era de 36%. 

O cálculo tem como base o cenário de mercado, que utiliza projeções para o câmbio e a Selic contidas no Relatório de Mercado Focus. Já a probabilidade de estourar o teto da meta, que é 6%, permaneceu em zero.

No caso de 2018, a probabilidade de estouro do teto de 6,0% da meta foi de 11% para 9%. Já a possibilidade de estouro do piso de 3,0% da meta do próximo ano foi de 17% para 18%.

A autarquia persegue meta central de inflação de 4,5% em 2017, 4,5% em 2018, 4,25% em 2019 e 4,00% em 2020. Em todos os casos, a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.

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