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Banco do Brasil eleva limites e amplia oferta de crédito no varejo

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Por Redação
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O Banco do Brasil está ampliando a oferta de crédito às pessoas físicas em 13 bilhões de reais, ao aumentar em 5,25 por cento, em média, os limites de empréstimos de 10 milhões de clientes. O vice-presidente de Crédito, Controladoria e Risco Global do BB, Ricardo Flores, afirmou nesta segunda-feira que a instituição acelerou a divulgação da medida, mas negou pressão política. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva trocou o comando do BB no início do mês passado, em meio ao esforço do governo para que o banco estatal atue mais agressivamente na redução do spread bancário - a diferença entre o que um banco paga para captar recursos e a taxa que cobra do tomador final. "Trata-se de uma decisão autônoma do banco, assentada em critérios técnicos dentro da boa prática bancária", assegurou o executivo em entrevista coletiva. A instituição financeira manteve a previsão de expansão da carteira de crédito no varejo entre 23 por cento e 25 por cento em 2009. Segundo Flores, a medida anunciada nesta segunda ajudará o banco a atingir tal meta, fidelizando clientes e conquistando maior participação no mercado. De acordo com o executivo, a oferta de até 13 bilhões de reais adicionais em crédito à pessoa física --dos quais 3 bilhões de reais devem ser tomados em até 12 meses-- foi possível devido à adoção de uma nova metodologia pelo BB, a qual considera o perfil de risco e a propensão de consumo dos clientes. "A taxa de inadimplência está absolutamente sob controle", afirmou. "Todas as projeções e informações dadas ao mercado estão preservadas... São clientes que o risco está bem calculado, de maneira que a gente mantenha o nosso nível de exposição a risco nos patamares atuais." Segundo o BB, o seu nível de inadimplência de 90 dias é de 5,9 por cento do total das operações de crédito no varejo, abaixo da média de 8,3 por cento do sistema financeiro nesse segmento. Em março deste ano, a carteira de crédito de pessoas físicas do BB totalizava 61,1 bilhões de reais, com 30 milhões de clientes. O banco também está reduzindo o juro cobrado em nove linhas de crédito para pessoas físicas, em média, em 6,19 por cento. Além de crédito automático e consignado, as linhas com menor juros são destinadas à compra de material de construção, de produtos da linha branca e automóveis. Diferentemente da ampliação do limite de crédito, a redução das taxas de juros vale para toda a base de clientes da instituição. (Reportagem de Fernando Exman)

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