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Banco do Brasil rebate críticas e diz que age de acordo com a lei

Vice-presidente do BB diz que o banco atua como todos os demais e dentro das regras do Banco Central

Por Leandro Mode
Atualização:

Líder na concessão de empréstimos consignados, com aproximadamente 35% do mercado, o Banco do Brasil (BB) rebate as críticas de que esteja prejudicando a concorrência no segmento e diz que age de acordo com a lei. "Não é só o BB que busca a exclusividade. Nosso posicionamento competitivo é o comportamento de todos os demais bancos", afirma o vice-presidente da instituição Paulo Rogério Cafarelli. "Operamos dentro das regras do Banco Central e vamos continuar defendendo nossa posição (na Justiça)."Um concorrente de um grande banco privado, que pede para não ser identificado, contesta. "Essa história de que todos queremos exclusividade é mentira. É só o BB que investe nisso", diz. Segundo Cafarelli, o consignado é um dos carros-chefes do banco para avançar no crédito. Hoje, essa carteira soma R$ 36,5 bilhões, o equivalente a 40% do crédito total concedido às pessoas físicas na instituição. O BB tem hoje 25 mil convênios com empresas e entes públicos na área do consignado. O banco não informa a taxa máxima cobrada dos clientes, apenas a mínima, de 0,99% ao mês, válida para aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Cafarelli argumenta que o BB é competitivo mesmo quando concorre com outras instituições financeiras. "Entre os funcionários públicos federais, temos participação de mercado de 75%", exemplifica. Por que, então, o banco insiste tanto na exclusividade? O executivo responde que não se trata apenas do consignado. "Os contratos que fechamos com Estados e prefeituras incluem um pacote de serviços, como cash management (gestão de caixa) e postos bancários." Cafarelli usa o mesmo argumento para refutar as acusações de que o BB paga demais para ter a exclusividade. "(O consignado) é só parte de um pacote", repete. / L.M.

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