O presidente do Banco do Nordeste (BNB), Roberto Smith, disse hoje que estuda a possibilidade de reduzir as taxas de juros das linhas de crédito do banco, para torná-las competitivas com as oferecidas pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele informou que atualmente o BNDES cobra juros de 6,25% ao ano, acrescidos de um spread bancário (diferença entre a taxa de captação dos bancos e o que eles cobram para emprestar) que varia de 1% a 3%. O BNB, por sua vez, cobra juros 11,5% ao ano, nas grandes operações. Esse, segundo Smith, foi o assunto que o levou, hoje ao Ministério da Fazenda. O presidente do banco informou ainda que pleiteia um aumento de capital da instituição para 2009. Ele explicou que o aporte elevaria as reservas da instituição e dessa forma ficaria mais fácil cumprir os requisitos do acordo de Basiléia. Smith disse que o banco reconheceu "esqueletos" de R$ 800 milhões na previdência de seus funcionários e equacionou esse problema sem pedir ajuda ao Tesouro. "Queremos uma recompensa pelo processo de não forçar o Tesouro Nacional", disse Smith, referindo-se ao aporte de capital. Uma outra possibilidade para fortalecer o banco seria vender parte de suas ações. Atualmente apenas 3% das ações do Banco do Nordeste estão no mercado. "A operação, porém, demoraria mais dois ou três anos para ser preparada", afirmou Smith.