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Banco eleva recomendação de dívida do Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

O banco de investimentos Goldman Sachs elevou a recomendação para os títulos da dívida brasileira de "underweight" (peso abaixo da média) para "overweight" (peso acima da média). A elevação da recomendação da dívida do Brasil não chega a ser uma surpresa, pois em nota a clientes há duas semanas, os analistas do Goldman Sachs já haviam feito um "mea culpa" por terem rebaixado os títulos da dívida brasileira para "underweight". Os analistas do banco continuam gostando da postura de política econômica do Governo do PT, com suas políticas fiscal e monetária restritivas e a busca de aprovação de reformas estruturais, explicou o estrategista de títulos da dívida soberana para mercados emergentes do Goldman Sachs, Pablo Morra. Tirando vantagem do vasto capital político do presidente Lula e a base de apoio que o PT construiu no Congresso, o analista acredita que o governo tem grandes chances de obter a aprovação de três projetos importantes, como a nova lei de falências, o PL-9 da reforma da Previdência e autonomia operacional do Banco Central. "O mercado também vai prestar atenção ao progresso do governo em construir consenso em torno de propostas concretas para reformas de Previdência e tributária", afirmou. "Progresso em todas essas questões deve dar suporte aos títulos da dívida brasileira no curto prazo", disse Morra. Em razão disso, o banco elevou o peso do Brasil na carteira recomendada de 1% "underweight" para 1% "overweight". Brasil rússia são atraentes Segundo o estrategista, a crescente probabilidade de uma guerra contra o Iraque permanecerá o principal tema do mercado nas próximas semanas. No cenário base dos analistas do Goldman Sachs, uma guerra é provável, mas mesmo que se materialize, não deverá ser prolongada e também não acarretará em maior interrupção do fornecimento de petróleo aos mercados mundiais. "Em tal cenário, os mercados emergentes de dívida devem continuar a ter um bom desempenho relativo. Os investidores devem buscar maiores taxas retornos nos mercados emergentes onde os fundamentos sejam sólidos ou que os governos estejam perseguindo agendas de reformas promissoras, como a Rússia ou o Brasil", afirmou Morra. África do Sul e Peru Além da mudança em relação ao Brasil, o Goldman Sachs elevou também a dívida da África do Sul para "overweight" e do Peru para "market weight" (peso na média). O banco rebaixou a recomendação para a Colômbia de "overweight" para "market weight" e para a Coréia do Sul de "market weight" para "underweight" (peso abaixo da média).

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