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Banco Mundial alerta para risco de superaquecimento na AL

'As pressões inflacionárias no mundo estão nas nações emergentes', diz economista-chefe da instituição

Por Reuters
Atualização:

Algumas economias latino-americanas correm risco de superaquecimento, alertou o Banco Mundial nesta quarta-feira, antevendo um crescimento para a região como um todo de 4%.

 

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A previsão do banco, que controla uma variedade de auxílios e programas de desenvolvimento na América Latina e Caribe, está em linha com a estimativa para este ano e 2011 apresentadas pelo FMI também nesta quarta-feira.

 

O relatório do banco destacou os riscos no Brasil, que se recuperou de forma rápida da crise ajudado por custos trabalhistas menores, incentivos fiscais industriais e entrada de investidores estrangeiros.

 

"As pressões inflacionárias no mundo estão nas nações emergentes", disse Augusto de la Torre, economista-chefe para a região, a jornalistas antes do encontro do Banco Mundial e do FMI esta semana em Washington.

"Uns poucos países da região podem começar a enfrentar riscos de superaquecimento econômico, com expectativa de aumento nas pressões inflacionárias nos próximos meses", afirmou o relatório do banco.

A previsão da instituição é de que o Brasil cresça 5,5% no ano.

 

Um dos desafios para a região é como lidar com mais entrada de capital à medida que bancos centrais começam a apertar a política monetária. No ano passado o Brasil precisou elevar os impostos sobre investimentos estrangeiros em ações e renda fixa para conter um rali em sua moeda local.

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"Exatamente por conta do ritmo mais rápido de recuperação econômica... que os países na América do Sul podem precisar elevar os juros antes dos países ricos, é por isso que teremos um aumento na entrada de capital na região".

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