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Banco Mundial: Brasil é muito fechado às importações

Por JAMIL CHADE
Atualização:

O Brasil tem uma das economias mais protecionistas do mundo e, mesmo com uma pauta de exportações considerada um exemplar, sua integração no mercado externo é uma das menores registradas. A avaliação é do Banco Mundial, que publicou um relatório em que faz uma avaliação detalhada do perfil comercial de cada país. No ranking que mede a abertura às importações, o Brasil ocupa apenas a posição de número 92, superado pela China, Paraguai, Chile, Uruguai, Rússia, Bolívia e Venezuela. Já a Argentina vem na posição de número 96. A liderança no ranking é de Hong Kong e Cingapura, que praticamente não aplicam tarifas de importação. A Suíça vem na terceira colocação, seguida por Turquia e Papua Nova Guiné. Os americanos estão apenas na 11ª colocação, enquanto a União Européia ocupa o 21º lugar no ranking. Em termos de política comercial, o Banco Mundial destaca que "o regime tarifário brasileiro é mais protecionista que a média da América Latina ou dos países de renda média no mundo". Segundo avaliação, a tarifa mais alta é de 35%, considerada baixa. Mas no que se refere à média da tarifa aplicada, a taxa chega a 12,2%, acima da média regional. Outro problema são as barreiras não-tarifárias, que afetam 46,1% das linhas tarifárias. Na América Latina, essas medidas afetam apenas 35% dos produtos. Segundo o Banco Mundial, portanto, ao avaliar toda a política comercial brasileira, a constatação é de que setores ainda contam com a proteção criada pelo Estado. O Banco Mundial admite, porém, que o Brasil vem liberalizando seu setor de serviços, como telecomunicações, serviços financeiros e portos e aeroportos.

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