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Banco Mundial diz que confia no Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

O vice-presidente para América Latina e Caribe do Banco Mundial, David De Ferranti, disse nesta terça-feira que o banco tem confiança na equipe econômica do Brasil e que o País está em condições de administrar bem a política econômica durante o período eleitoral. "Estamos cientes de todas as questões que normalmente acontecem nesse período de campanha eleitoral. Não é nada novo", afirmou De Ferranti, após participar de encontro do grupo para cooperação do desenvolvimento econômico do Caribe. O diretor-gerente do FMI, Horst Köhler, cancelou a participação "porque teve que comparecer a uma reunião de comitê de um país muito importante cuja economia está vulnerável", informou o substituto no encontro, o diretor do FMI Eduardo Anannat, sem certificar que país seria este. Segundo De Ferranti, as discussões do Banco Mundial com autoridades brasileiras nas últimas semanas têm sido a continuação da interação que o banco tem mantido com as autoridades brasileiras. "Não há sinais de alarme da parte deles (brasileiros), e não percebemos da nossa parte quaisquer sinais de alarme. Continuamos confiantes no Brasil." Questionado se o banco tem mantido contato com a equipe econômica brasileira nos últimos dias, e em particular com o presidente do Banco Central, Arminio Fraga - que se encontra em Washington, em encontro fechado no FMI -, o executivo do Banco Mundial disse que não. Ele afirmou que conhece Fraga e que há contatos com a equipe econômica brasileira sempre que há necessidade. David De Ferranti reconheceu que 2002, como o ano passado, tem sido muito difícil para toda a América Latina, em consequência da desaceleração econômica mundial, aos impactos dos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos e a problemas específicos de cada país. "Algumas questões são de origem econômica e outras decorrem do processo eleitoral que está acontecendo", disse Ferranti. Desafios Ele afirmou que o momento é definitivamente de desafios para muitos países da América Latina. "Não vejo que a situação no último mês tenha piorado necessariamente. Reconhecemos a fase difícil que Argentina e Uruguai estão atravessando e que países como o Brasil estão observando o barulho normal do processo eleitoral", afirmou. De Ferranti disse que o fluxo de investimentos estrangeiros diretos permaneceu bastante elevado no Brasil no primeiro trimestre deste ano. "Não acredito que deva haver uma redução desse fluxo no restante do ano", disse. Questionado se estava preocupado com a perspectiva de migração do fluxo de capital para a Ásia este ano e em 2003, em detrimento da América Latina, De Ferranti respondeu que não está demasiadamente preocupado. "Os mercados estão bem à frente do jogo e antecipam quaisquer preocupações que tenham. Quando as condições melhorarem, eles (os mercados) poderão responder rapidamente", observou. O vice-presidente do Banco Mundial citou, por exemplo, que o Peru deverá apresentar uma elevada taxa de crescimento em 2002 e que o México está bem posicionado para uma recuperação bastante forte, quando a economia dos Estados Unidos também se recuperar.

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