PUBLICIDADE

Banco Mundial facilitará liberação de US$ 2 bilhões ao Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

O Banco Mundial mudou seus critérios e no prazo de três meses facilitará as exigências para a liberação de US$ 2 bilhões ao Brasil. O governo brasileiro ficará dispensado de apresentar um projeto novo cada vez que estiver negociando a liberação de recursos da instituição. A chamada contrapartida - a parcela do empréstimo que é de responsabilidade do país que solicita o recursos - poderá ser honrada com a apresentação de um projeto já analisado pelo banco. Trata-se de uma mudança importante porque livra o governo da asfixia financeira provocada pelo ajuste fiscal (ganho de receita e corte nas despesas), na medida em que serão apresentados como garantia do empréstimo projetos já incluídos no Orçamento da União. A nova sistemática foi apresentada nesta terça-feira pela vice-presidente do Bird, Pamela Cox, quando confirmou a previsão os US$ 2 bilhões para o Brasil, sendo que US$ 572 milhões serão aplicados no programa Bolsa Família. Pamela elogiou o esforço fiscal brasileiro e minimizou o impacto das críticas ao Bolsa Família na decisão do Banco de investir em programas sociais no Brasil. "Programas sociais são mais difíceis de projetar e implantar porque se trata de pessoas", observou. Ela não demonstrou preocupação com os erros apontados no programa. "É muito difícil acertar da primeira vez, sempre tem que fazer ajustes", disse. A mudança nos critérios do Banco Mundial têm por objetivo evitar problemas como o que vem ocorrendo no Brasil, onde o valor recebido da instituição é menor do que os pagamentos que o País faz por empréstimos contraídos no passado. Neste ano, disse Cox, a expectativa é que sejam desembolsados US$ 2 bilhões, contra pagamentos de US$ 1,5 bilhão que o País deverá fazer à instituição. Haverá, portanto, um saldo positivo de US$ 500 milhões. Pamela Cox esteve nesta terça com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, com quem discutiu a mudança de critérios, e com o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.