
11 de junho de 2009 | 14h31
O Banco Mundial reviu para pior sua estimativa de recessão para a economia global em 2009 e prevê queda de 3%, superior à estimativa anterior de 1,75%, anunciou nesta quinta-feira, 11, o presidente da instituição, Robert Zoellick.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu suas previsões para 2010, porém para melhor, e espera crescimento de 2,4% graças às medidas de estímulo tomadas nos últimos meses, informou uma fonte do G-8 com acesso aos novos dados. A estimativa anterior, de abril, previa crescimento de 1,9%.
Zoellick divulgou os números do Banco Mundial antes da reunião dos ministros do G-8 que ocorrerá na Itália neste final de semana e enfatizou que os países pobres são os mais atingidos pela crise global. "Embora a previsão seja de retomada do crescimento ao longo de 2010, o ritmo da retomada é incerto e os pobres em muitos países em desenvolvimento continuarão a ser castigados", disse.
Ele prevê que a maioria das economias de países em desenvolvimento sofrerá contração em 2009 e enfrentará perspectivas cada vez mais sombrias, a não ser que a queda em suas exportações, remessas e investimentos estrangeiros seja revertida até o final de 2010. "Precisamos fazer muito mais nos próximos meses para assegurar que os pobres não paguem por uma crise que não provocaram", disse o Zoellick.
A instituição estima em 350 bilhões a 635 bilhões de dólares o buraco no financiamento dos países em desenvolvimento em 2009. "Os países de renda baixa que possuem capacidade limitada de contrair empréstimos, em função de suas reservas baixas e orçamentos nacionais esgotados, terão dificuldade em conseguir financiamento", disse. "Em função disso, os empréstimos do Banco Mundial, do FMI e de outras fontes ganharão importância crescente", disse o presidente do Banco Mundial.
A estimativa do FMI para 2009, obtida por uma fonte que pediu anonimato, prevê recessão de 1,3% na economia mundial, igual à última estimativa. Os dados sinalizam uma melhor performance da economia dos Estados Unidos e uma pior na Europa. "Para 2010, os dados do FMI sugerem uma melhora dos Estados Unidos, ao lado de um pequeno aumento da estimativa para a Europa" comparada às expectativas de abril de zero de crescimento e de uma contração de 0,4%, respectivamente, disse a fonte.
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