BRASÍLIA - A lógica por trás da criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) deveria ser estendida aos setores imobiliário e agrícola, sugere o relatório “Emprego e Crescimento: A Agenda da Produtividade”, divulgado pelo Banco Mundial. A TLP aproximou as taxas de juros cobradas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) das praticadas pelo mercado financeiro, de forma a eliminar os pesados subsídios federais envolvidos na operação.
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Combinada com a redução da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, essa medida deve aumentar a competição no setor bancário. Os efeitos dessa mudança deverão ser sentidos a médio prazo.
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O documento opina que o BNDES deveria ser reorientado. Em vez de ser a principal fonte de financiamentos de longo prazo, o banco poderia atuar como um “facilitador de capital privado” para esse segmento. E reorientar seus recursos para dar apoio a micro e pequenas empresas, às startups e empresas inovadoras.
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É uma ideia semelhante à apresentada em relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado na semana passada.
“De forma mais geral, a eficiência da alocação pode ser aprimorada com a revisão dos critérios usados na formulação das políticas de crédito dos bancos públicos, e com o fortalecimento da
responsabilização (accountability)”, diz o relatório do Banco Mundial.