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Banco Volkswagen vê recuperação do financiamento de veículos

No 1º semestre, banco liberou R$ 2,7 bi em crédito para automóveis, uma alta de 8% 

Foto do author Altamiro Silva Junior
Por Altamiro Silva Junior (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

SÃO PAULO - O Banco Volkswagen vê recuperação nos financiamentos de veículos, depois de um fraco começo de ano. No primeiro semestre, o banco liberou R$ 2,7 bilhões para financiar automóveis e comerciais leves, expansão de 8% ante igual período do ano passado, segundo balanço semestral da instituição.

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O diretor presidente do banco da montadora alemã, Décio Almeida, destaca que a melhora nos financiamentos ocorreu após abril, como reflexo do aumento das vendas de carros após as medidas do governo para o setor. "O cenário mudou completamente", disse ele, destacando que espera um segundo semestre mais aquecido, ante a expectativa de expansão da economia.

Já os financiamentos de veículos pesados (caminhões e ônibus) tiveram queda no período. Foram liberados R$ 1,4 bilhão no primeiro semestre, ante R$ 1,8 bilhão no mesmo período do ano passado. Almeida atribui essa queda ao desaquecimento da economia.

As taxas de inadimplência, que não param de subir desde o ano passado, dão sinais de estabilidade, sobretudo na pessoa física, avalia Almeida. Na pessoa jurídica, seguem pressionadas, principalmente na venda de carros para frotas.

Ao todo, o Banco Volkswagen registrou 121,4 mil operações de financiamento no primeiro semestre, alta de 0,6% em 12 meses. A carteira total de empréstimos do banco encerrou junho em R$ 21 bilhões. O banco foi responsável por 49,1% de todos os veículos novos da montadora financiados no primeiro semestre.

Consórcios

Além de financiar mais carros, o banco bateu recorde na venda de consórcios. No primeiro semestre, foram comercializadas 58,7 mil cotas, aumento de 40% ante o mesmo período do ano passado e o melhor semestre nos 36 anos do banco. Só em junho foram vendidas 11 mil cotas, acima da média histórica de 2,5 mil cotas mensais.

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Para Almeida, o consórcio tem sido muito usado pelas classes de menor renda, que têm mais dificuldade de conseguir um financiamento tradicional. Desde meados do ano passado, com a alta da inadimplência, os bancos, incluindo o da Volkswagen, têm ficado mais rigorosos para dar crédito para financiar veículos. 

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