Publicidade

Bancos ampliam oferta de crédito

Bancos estão ampliando o crédito para pessoas físicas, em especial, as pré-aprovadas. Definido pelo conceito de resultados e liberado para clientes com bom relacionamento com a instituição, o empréstimo pode ser pago em até 24 meses.

Por Agencia Estado
Atualização:

Com a constante perda da atratividade dos rendimentos oferecidos pelos títulos públicos federais, os bancos voltam a expandir suas linhas de crédito ao consumidor pessoa física, em especial, aquelas conhecidas como pré-aprovadas. Trata-se de um crédito definido pela instituição segundo um conceito de resultados (score) e dirigido a clientes com bom relacionamento com a instituição, portanto com baixo risco de inadimplência. É oferecido ao cliente espontaneamente, sem seu prévio conhecimento. Quando não utilizado, o crédito não acarreta ônus para o cliente. "O dinheiro é oferecido, em geral, a quem não precisa dele, mas vai pagar direito, caso recorra ao empréstimo", diz o professor de matemática financeira, José Dutra Vieira Sobrinho. Nos últimos meses, o lançamento de novos produtos nesse mercado se multiplicou a partir do surgimento de linhas e condições diferenciadas. O Banco Itaú, por exemplo, trabalha hoje com quatro modalidades de crédito pré-aprovado. Cada uma delas refere-se a um perfil de cliente. Segundo o diretor de Produtos de Crédito do BankBoston, Guilherme Almeida Oliveira, a linha automática é um sucesso no mercado e no banco, porque tem taxa menor que a do cheque especial. São taxas que variam de 2,95% a 7,95% ao mês, dependendo da instituição. Prazo de pagamento pode chegar a 24 meses O prazo para o pagamento pode chegar a 24 meses e, com a quitação parcial, em geral pode-se voltar a alongar o número de parcelas. Outro ponto positivo é a comodidade de poder contratar o produto sem a necessidade de falar com o gerente. Em contrapartida, alguns produtos cobram taxa de cadastro. Outros são dirigidos apenas à compra de bens de consumo, como eletrodomésticos, caso do Sudameris. "Estamos competindo com as financeiras, que cobram taxas maiores", afirma o gerente-geral de Produtos e Banco Eletrônico da instituição, José Antônio D´Arienzo. De fato, comparado com o custo de um crediário normal, o consumidor pode contratar esse empréstimo por uma taxa menor e fazer a compra à vista com desconto. Pioneiro na concessão desse tipo de crédito, desde 1996, o Banco do Brasil coleciona um universo de 7,6 milhões de clientes com limite pré-aprovado, dos quais 2 milhões fazem uso freqüente do produto. "São solicitados R$ 500 mil por mês e nossa carteira tem R$ 4 bilhões", explica o gerente-executivo do Varejo do banco, César Munoz.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.