PUBLICIDADE

Bancos brasileiros reduzem exposição no exterior

Por GENEBRA
Atualização:

Os bancos brasileiros diminuíram sua exposição nos mercados estrangeiros em 2009. No ano passado, as instituições baseadas no País retraíram seus empréstimos no mundo em US$ 9,9 bilhões. A diminuição foi mais acentuada que em 2008, quando o corte de linhas de crédito e de empréstimos chegou a US$ 4,5 bilhões. Segundo os dados do BIS, os bancos brasileiros ainda representam uma fatia pequena no volume de créditos mundial. Em 2009, a exposição total de bancos foi de US$ 30,4 trilhões. Já os bancos com base no Brasil mantinham exposições totais de US$ 54,1 bilhões no mundo. Em 2007, no auge da presença brasileira no exterior, o volume de créditos era de US$ 65,2 bilhões. Grande parte da retração de créditos dos bancos do País foi para o setor produtivo, uma redução de US$ 6,4 bilhões em 2009. Uma parcela importante da retração dos bancos brasileiros havia ocorrido no início de 2009. Mas, no último trimestre do ano, a redução voltou a ser sentida, com a retirada de linhas de crédito de US$ 5,2 bilhões em apenas três meses. Os países ricos são os principais destinos dos créditos e empréstimos de bancos situados no País. A exposição dos bancos brasileiros nos mercados ricos chegou a US$ 33 bilhões em 2009. Desse total, US$ 20 bilhões estão na Europa. A exposição de brasileiros nos mercados emergentes chega a US$ 10 bilhões, dos quais 87% estão na América Latina. O país da região com maior exposição brasileira é o Chile, com US$ 5,7 bilhões de empréstimos nacionais. Na Argentina, a exposição é de US$ 1,2 bilhão, ante cerca de US$ 1 bilhão no vizinho Uruguai. E US$ 10 bilhões ainda estão em centros offshore. Dívida. No restante do mundo, o BIS também identificou uma redução da exposição de bancos a papéis da dívida pública dos governos ricos. O volume caiu de US$ 3,7 trilhões em 2008 para US$ 3,58 trilhões no fim de 2009.Os bancos de certa forma migraram para os mercados emergentes, onde a tendência foi de alta, passando de US$ 861 bilhões para US$ 887 bilhões entre 2008 e 2009. / J.C.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.