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Bancos brigam para conquistar ex-clientes do BB no Rio

Por Agencia Estado
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Grandes bancos estão numa verdadeira operação de guerra para herdar um valioso espólio que o Banco do Brasil (BB) deixará no Rio. Com a rescisão do contrato entre a Prefeitura e o BB, cerca de 110 mil servidores municipais têm menos de duas semanas para escolher entre dez bancos para receber seus salários. Em abril, a folha de pagamentos municipal correspondeu, de acordo com a Secretaria de Administração, a R$ 100 milhões. Unibanco e Itaú travam duelo à parte na disputa pelos novos clientes, na qual sobram linhas especiais de financiamento isenção de taxas e até um presentinho de R$ 50 livre para compras no cartão de crédito para os funcionários. À primeira vista, o contingente pode parecer reduzido, mas equivale, na prática, a 12% do total de correntistas do Unibanco no Estado e a 7% que a dupla Itaú-Banerj tem na região. "Representa um crescimento na base de correntistas e um nicho. Nossa força-tarefa está inteira na rua, no local de trabalho, onde tem funcionários públicos", disse o diretor do Unibanco para o Rio, Norte e Nordeste, João Antônio Camargo. Atualmente, o total de correntistas do Unibanco no Rio chega a 890 mil. Para abocanhar o maior número possível de funcionários da Prefeitura, além de maciça campanha publicitária, o Unibanco oferece um pacote que inclui taxas mais baixas para empréstimos e primeira semestralidade grátis do cartão de crédito, mais um depósito de R$ 50 para gastos no cartão. O Banco Itaú e o Banerj, seu controlado, também disputam os funcionários municipais com um pacote de vantagens e estratégia agressiva, informa o diretor comercial da instituição financeira, Manoel Antônio Granado. Plantão O Itaú ampliou o horário de funcionamento das agências para atender os funcionários municipais, que têm até o dia 10 para escolher o novo banco. Durante a semana, pelo menos 42 agências abrem uma hora mais cedo e fecham uma hora mais tarde. Aos sábados, um grupo delas também abre. O Itaú e o Banerj, que somam 1,6 milhão de clientes no Rio, avaliam que já contam com 30 mil adesões do total de funcionários em disputa. Irregularidades Em meados de maio, o prefeito César Maia descredenciou o BB para o pagamento de servidores, pensionistas e prestadores de serviços. Segundo a Prefeitura, o BB teria feito saques indevidos na conta da administração municipal. O BB divulgou no período que lamentava o cancelamento do contrato e que a cobrança estaria prevista no acordo de renegociação da dívida do município com a União. Com isso, dez bancos poderão agora pagar os funcionários municipais, numa lista que também inclui o ABN Amro Real, Banrisul, Bradesco, Bancoop, CEF, HSBC e Santander.

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