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Bancos centrais vão coordenar ação anticrise

Por AE
Atualização:

Os bancos centrais vão intervir nos mercados de forma coordenada para tentar evitar que a atual crise se prolongue. "Vamos agir", garantiu o presidente do Banco Central Europeu (BCE) e porta-voz dos principais instituições monetárias do mundo, Jean-Claude Trichet. O francês insinuou que a ação seria concertada não apenas com o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), mas também com os bancos centrais de países emergentes. "Nossas ações falam por si", disse Trichet sobre a coordenação das últimas semanas, quando Bruxelas, Washington e Tóquio injetaram recursos para garantir liquidez ao sistema financeiro. Ontem, os mercados tiveram mais um dia de instabilidade por causa dos temores de recessão nos EUA. Em relação a uma ação coordenada também com os países emergentes, Trichet acenou que isso será resultado da reunião dos últimos dois dias na Basiléia. "Nossos encontros ilustram as relações íntimas que existem entre bancos centrais, na troca de informações de forma honesta. A confiança mútua que temos repercute em cada uma de nossas decisões domésticas. As responsabilidades hoje são pesadas sobre os bancos centrais", disse. Brasil O presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, confirmou que existe melhor comunicação entre os bancos. "Os bancos centrais estão em contato permanente, para que estejam prontos a entrar num processo de coordenação mais de perto caso haja necessidade", disse, alertando que, no caso do Brasil, isso não significaria injetar recursos no mercado, mas sim servir como fator de estabilidade. Os xerifes da economia global apelaram para que os bancos comerciais revelem suas perdas com as turbulências para evitar que as incertezas se prolonguem. Para os BCs, os resultados do setor serão fundamentais para que o mercado tenha informações suficientes para tomar decisões. "Esperamos que a revelação das perdas sejam feitas logo. Assim, investidores vão saber exatamente em que pé estamos e poderemos talvez evitar que a turbulência se prolongue", disse Guillermo Ortiz, presidente do banco central mexicano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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