Bancos e financeiras não informam custo total do financiamento

Pesquisa da Pro Teste mostra que consumidor tem dificuldades para conseguir informações do CET

Um mês após a entrada em vigor do Custo Efetivo Total (CET), o consumidor ainda encontra dificuldades para conseguir as informações em bancos, financeiras e lojas, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 9, pela Pro Teste. No CET devem estar inclusos todos os custos de uma linha de crédito, como juros, taxa de abertura de crédito e IOF, o que facilitaria a comparação entre as instituições.   A Pro Teste simulou um empréstimo pessoal de R$ 2.000 a ser pago em 12 prestações. Foram visitadas agências de nove bancos (Santander, Itaú, Unibanco, Bradesco, Real, HSBC, Banco do Brasil, Nossa Caixa e Caixa Econômica Federal), cinco financeiras (Finasa, Losango, Ibi, Taií e Fininvest) e cinco varejistas (Casas Bahia, Ponto Frio, Extra, Carrefour e Wal-Mart). Nesses três últimos, as vendas parceladas só eram feitas no cartão de crédito, logo não havia CET a ser informado.   De acordo com os dados, entre os nove bancos, apenas três informaram essa taxa: Bradesco, Santander e Caixa. No entanto, os dois últimos divulgaram o percentual incorreto, abaixo do que seria cobrado ao consumidor. Nas Casas Bahia, aconteceu o inverso: o CET informado estava acima do valor a ser pago.   No Itaú, a atendente chegou a alegar que só o gerente da agência teria condições de informar o custo preciso, por isso o colaborador foi à unidade na qual possui conta. Ainda assim, não conseguiu saber porque a gerente disse que o CET só seria divulgado quando o contrato fosse gerado. "Nada justifica a falta de informação porque a norma do Banco Central foi divulgada no início de dezembro", ressaltou Hessia Costilla, economista da Pro Teste.   A Pro Teste informou que os resultados da pesquisa serão repassados ao Banco Central.