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Bancos espanhóis consolidarão presença na AL, diz estudo

Por Agencia Estado
Atualização:

Embora os investimentos a serem feitos este ano não tenham o mesmo dinamismo dos realizados em meados dos anos 90, os bancos espanhóis, como o Santander Central Hispano (SCH) e o BBVA, consolidarão sua presença na América Latina em 2003. É o que indica um estudo do La Caixa, uma das instituições financeiras mais importantes da Espanha. O informe, divulgado ontem em Barcelona, aponta que, apesar da difícil conjuntura econômica latino-americana, as instituições bancárias espanholas ainda têm oportunidades para ampliar sua presença na região. "Porém, a longo prazo." O documento destaca, por outro lado, a dificuldade de se penetrar nesses mercados no caso daquelas entidades que ainda não investiram na América Latina. "O escasso grau de bancarização que existe nos países latino-americanos e o fato de as margens financeiras serem quase o dobro das registradas na Espanha, devido principalmente às elevadas taxas de juros transformam a América Latina em uma região com alto potencial de crescimento e atraente para os grupos estrangeiros", conclui o estudo, divulgado pela imprensa espanhola. Os responsáveis pela pesquisa acreditam que os bancos espanhóis continuarão potencializando sua presença nos países da região onde já atuam, "até porque foram tomadas, entre outras coisas, medidas pertinentes para reduzir o nível de risco". O estudo diz ainda que os sistemas bancários latino-americanos mais importantes por sua dimensão são o Brasil, México, Argentina e Chile. As características comuns desse mercados, acrescenta o documento, são o aumento do capital estrangeiro, a tendência de privatização, a redução do número de instituições e a concentração bancária. "Os maiores investimentos estrangeiros nesses países vêm de bancos norte-americanos, como o Citigroup e FirstBoston, e de espanhóis, como SCH e BBVA." A forte entrada dos bancos espanhóis data da segunda metade dos anos 90 e se concentrou na aquisição de participações de controle de entidades domésticas. "Cerca de 70% dos ativos espanhóis se concentram no México e Chile, os mais estáveis da América Latina", diz o jornal espanhol ABC.

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