As instituições financeiras globais devem construir bases de capital suficientemente fortes quando o ambiente econômico estiver positivo para que possam resistir melhor aos períodos de turbulência financeira, recomendou um grupo de trabalho do Grupo das 20 nações industrializadas e em desenvolvimento (G-20).
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"Uma estrutura de liquidez global efetiva para administrar a liquidez em grandes instituições financeiras internacionais deve incluir níveis definidos internacionalmente de colchões de capital", afirmou o Grupo de Trabalho para Melhora da Regulação e Fortalecimento da Transparência, em comunicado.
O comunicado, preparado para o encontro do G-20 em Londres, define 25 recomendações para melhorar a saúde do sistema financeiro global e evitar crises futuras.
"O desafio básico é que a regulação e a supervisão financeiras até o momento têm sido basicamente nacionais, embora instituições financeiras internacionais tenham crescido de forma tremenda", afirmou Rakesh Mohan, vice-presidente do Reserve Bank of India e copresidente do grupo de trabalho.
Mohan disse a repórteres que, embora aumentar a exigência de capital seja uma meta para o médio prazo, "é vital que as exigências de adequação de capital permaneçam inalteradas até que a crise seja resolvida".
O grupo de trabalho também demonstrou preocupação sobre fundos de hedge e outros conjuntos privados de capital, afirmando que eles devem ser registrados junto às autoridades financeiros e divulgar mais informações.
"Você não pode necessariamente querer regular todos os fundos de hedge, mas você pode querer informações deles e querer supervisão para que os reguladores saibam se querem ou não regulá-los", disse Mohan.
As agências de rating de crédito também devem ser reguladas com base em uma estrutura consistente nos países para melhorar a transparência e evitar conflitos de interesse, afirma o comunicado do grupo.
O documento aponta ainda que as instituições financeiras devem ter incentivos claros para promover a estabilidade e devem evitar esquemas de compensação que exijam assumir riscos excessivos, enquanto os reguladores devem melhorar a vigilância das estruturas de compensação.