PUBLICIDADE

Publicidade

Bancos investem no público jovem

Instituições bancárias e companhias de seguro estão investindo no público adolescente. A idéia é ensinar os jovens a administrar o seu dinheiro e conquistá-los como clientes cativos da empresa.

Por Agencia Estado
Atualização:

Se crianças de 2, 3 anos já começam a aprender na escola o valor do dinheiro, instituições financeiras estão lançando produtos para um público cada vez mais jovem. O Banco do Brasil, por exemplo, permite que crianças a partir de 12 anos tenham conta corrente e manipulem cartão magnético. O BB também criou as primeiras agências bancárias do País voltadas exclusivamente para o público adolescente. A primeira delas foi inaugurada há um ano no Shopping Paulista, na capital. Essa agência, batizada de BBTeen, funciona também como centro de convivência, onde são dadas palestras sobre temas os mais variados e os jovens ainda recebem informações sobre o uso responsável do dinheiro, diz a Superintendente do Banco do Brasil em São Paulo, Valéria Rezende. "Buscamos primeiro esse público com o marketing esportivo, patrocinando vôlei de praia. De cinco anos para cá, criamos as contas e serviços como cartões internacionais que facilitam a vida dos adolescentes que fazem intercâmbio", diz. Outros bancos também criaram produtos especialmente desenvolvidos para quem vive de mesada. De acordo com Patrícia Rúbia Cavalari, analista de Marketing do Banespa, há dois anos o banco criou três tipos de contas para jovens. "Descobrimos que 50% dos nossos clientes têm mais de 40 anos. Precisávamos conquistar os mais jovens", diz. "Como tirar clientes de outro banco é difícil, surgiu a idéia de tornar o Banespa o primeiro banco - que funciona como o primeiro sutiã, a gente nunca esquece", brinca, citando a premiada campanha publicitária da marca Valisére. O Banespa tem 119 mil contas juvenis e quase nenhum problema de inadimplência, diz. "São pouquíssimos os casos de cheques devolvidos, até porque a maioria usa só o cartão." Caderno também vem com seguro A marca de cadernos escolares Jandaia se uniu com uma companhia de seguro, a multinacional Cigna, e a Starcorp Corretora, em torno de uma idéia original: um caderno que traz anexado à contracapa uma apólice de seguro contra acidentes. Ao comprar o caderno, por R$ 6 a R$ 8, o estudante estará adquirindo um seguro no valor de R$ 1 mil válido durante todo o ano de 2001. De acordo com Carlos Augusto Rossette, gerente de Marketing do Grupo Jandaia, a idéia é iniciar os jovens no mundo dos seguros - o caderno vem com um glossário que explica termos como prêmio, franquia - e ao mesmo tempo agregar valor ao produto. O dono do caderno recebe o valor no caso de acidente com morte do seu tutor legal. Basta apresentar-se em um dos endereços fornecidos na apólice de posse da própria, do atestado de óbito e de um comprovante de matrícula em algum dos estabelecimentos de ensino registrados pelo MEC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.