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Bancos se preocupam com crescimento do PIB mundial

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Por Célia Froufe (Broadcast)
Atualização:

A diminuição da taxa de crescimento da economia global e a deterioração da situação econômica dos Estados Unidos são as principais preocupações dos economistas de banco atualmente. Apesar de não ser necessariamente uma surpresa, em função do episódio da crise de crédito com hipotecas de segunda linha (subprime) nos Estados Unidos, estes dois itens receberam 66,7% cada dos votos de 42 instituições consultadas desde a última sexta-feira pela Federação Brasileira de Brancos (Febraban). De acordo com a pesquisa, 34,5% avaliam que a crise do setor imobiliário norte-americano afetará a economia brasileira de alguma forma, mas a maioria (65,5%) ainda afasta esta hipótese. Também receberam votações expressivas em relação aos principais fatores dos cenários internacional, o aumento das pressões inflacionárias globais (58,3%), o preço das commodities (58,3%) e a diminuição da liquidez mundial (52,8%). "Ficou muito claro no encontro do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), associação global de bancos, que o epicentro da crise são os Estados Unidos. Permanecem, porém, questões relativas ao impacto sobre a expansão do PIB daquele país e sobre as extensões que a crise pode gerar", relatou o economista-chefe da Febraban, Nicola Tingas, que participou da reunião em Washington este mês. Demanda interna No cenário doméstico, a pressão da demanda agregada é disparado o principal foco de atenção dos profissionais, com 58,3% dos votos. "Um arrefecimento na demanda doméstica pode levar a retomada do ciclo de reduções da taxa de juros", afirmou Nicola. De acordo com ele, o levantamento da Febraban revela que a preocupação do Banco Central em relação ao vigor da demanda se espelha também entre os agentes financeiros. "Na ata do Copom, está tudo muito claro", comentou, lembrando que a pesquisa da Federação foi realizada logo após a divulgação do documento, na última quinta-feira (dia 25). Também aparecem como destaque internos a pressão dos preços dos alimentos (44,4%), o aquecimento da atividade econômica (41,7%), a desvalorização das taxas de câmbio (41,7%) e a pressão sobre os preços administrados (33,3%).

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