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Bancos: tarifas e cobranças geram reclamações

As denúncias contra serviços bancários figuram entre as campeãs de reclamação do Procon-SP e do Idec. Problemas com tarifas e cobranças indevidas são as principais queixas dos consumidores.

Por Agencia Estado
Atualização:

Muitos clientes de bancos já sofreram com tarifas indevidas, taxas de administração abusivas e cheques devolvidos injustamente. Para tentar facilitar a vida dos clientes, muitos bancos estão investindo em equipamentos e meios eletrônicos para agilizar e dar mais segurança ao atendimento ao consumidor. Porém, as denúncias aos órgão de defesa do consumidor sobre os serviços bancários continuam nas primeiras colocações dos rankings de reclamações. As reclamações feitas contra instituições financeiras ocupam o quarto lugar no ranking de denúncias e consultas recebidas pela Fundação Procon-SP - órgão vinculado a Secretaria de Justiça estadual - e o terceiro lugar no ranking do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), com 928 reclamações no ano 2000. A Fundação Procon-SP registrou no ano passado 9.979 consultas e 1.654 reclamações contra instituições financeiras. As principais queixas referiam-se a reajuste e criação de novas tarifas bancárias, débitos e saques indevidos, devolução de cheques e cobranças e transferências indevidas por meio eletrônico (Internet, telefone e caixa eletrônico). A assistente de direção do Procon-SP, Dinah Barreto, avalia que as instituições passaram a taxar todos os serviços prestados e, apesar de prevista em lei, a cobrança não é comunicada previamente. Na maioria dos casos, o cliente só toma conhecimento do fato após o desconto em sua conta. "O consumidor desconhece a maioria dos serviços prestados pelos bancos. Por isso, é preciso criar o hábito de conferir o extrato da conta corrente regularmente", alerta. Falha eletrônica A maior dificuldade encontrada pelos consumidores é provar a ocorrência de cobrança ou transferência indevidas de valores de sua conta. A assistente de direção do Procon-SP destaca que as falhas eletrônicas que ocorrem nos serviços bancários são de difícil resolução, pois se tratam muitas vezes de dados sigilosos. "Existem casos em que o cliente não tem acesso ao computador e constam transferências de dinheiro via Internet", conta Dinah Barreto. As instituições financeiras nem sempre reconhecem as reclamações registradas e alegam que não são procedentes. E, nesses casos, quem sai prejudicado é o cliente. Se o consumidor tiver algum problemas com o atendimento nas instituições financeiras, pode ligar para as centrais de atendimento do Banco Central para registrar sua queixa. O telefone é 0800-992345. Se o caso não for resolvido, deve procurar os órgão de defesa do consumidor de sua cidade. Em último caso, o consumidor pode recorrer ao Juizado Especial Cível, para casos de até 40 salários mínimos, ou à Justiça Comum, para causas que superem esse valor.

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