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Bancos voltam a reduzir previsões para inflação e juros

Os dados constam de uma pesquisa feita este mês pela Febraban com 49 instituições bancárias para apurar as previsões para um conjunto de 35 variáveis econômicas

Por Agencia Estado
Atualização:

Os departamentos econômicos dos bancos voltaram a reduzir em outubro suas expectativas para inflação e juros nos encerramentos deste e do próximo ano. Em setembro os bancos já haviam reduzido suas estimativas. Desta forma, se forem confirmadas as previsões mais recentes, a taxa básica de juros, a Selic (atualmente em 14,25% ao ano), fechará 2006 em 13,49%, em média, ante 13,77% em setembro e chegará ao final de 2007 em 12,44%, taxa inferior à prevista em setembro, que era de 12,72%. Os dados constam de uma pesquisa feita este mês pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com 49 instituições bancárias para apurar as previsões para um conjunto de 35 variáveis econômicas. Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a média das projeções para este ano, de acordo com o levantamento da Febraban, ficou em 3,11% ou 0,37 ponto porcentual abaixo da taxa prevista de 3,48% em setembro. Para 2007, a taxa média prevista de inflação é de 4,21%, o que mostra uma redução de 0,13 ponto porcentual ante os 4,34% apurados no mês passado. Segundo a economista sênior da Febraban, Ana Paula Higa, as previsões dos bancos transcorreram dentro de um cenário em que a maior parte dos analistas do mercado financeiro consideram mais uma redução de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic na reunião do Copom nos próximos dias 17 e 18. Em relação à inflação, afirma a economista da Febraban: "nem mesmo o fato de o IPCA de setembro ter ficado acima da mediana das projeções apuradas pelo BC (0,16% ante 0,21% de variação efetiva) foi suficiente para que o mercado deixasse de reduzir suas estimativas tanto para este ano quanto para o próximo." PIB Os bancos também revisaram para baixo as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006, de 3,23% em setembro para 3,12% em outubro. Para o próximo ano as instituições bancárias esperam uma evolução média do PIB de 3,49% ante 3,57% em setembro. "Nos dois casos fica reforçada a expectativa de continuação do afrouxamento da política monetária em 2007", avalia a economista sênior da Febraban, Ana Paula Higa. Para o câmbio, as instituições projetam uma cotação de R$ 2,18 por dólar no encerramento deste ano e uma taxa de R$ 2,29 no final de 2007. A balança comercial, de acordo com o levantamento, deverá fechar este ano com um superávit de US$ 43 bilhões, resultado de um volume de exportações de US$ 133,050 bilhões e um volume em importação equivalente a US$ 90,050 bilhões. Ainda de acordo com o levantamento da Febraban, o Brasil deverá receber este ano a título de investimentos estrangeiros diretos no País (IED) uma soma de US$ 15,330 bilhões. As transações correntes como um todo deverá fazer ingressar no País o equivalente a US$ 10,830 bilhões. As economias feitas pelo setor público consolidado - Governo Central mais Estados, municípios e estatais federais - deverão fechar em 4,26% do PIB, ligeiramente acima da meta 4,25% do PIB. A confirmação de todas estas projeções se dará em meio a um cenário cujo a taxa de risco de investimentos no País deverá encerrar este ano em 221,39 pontos bases, em média, e em 210,66 pontos em 2007.

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