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Banespa: Animec preocupada com minoritários

A Associação Nacional dos Investidores do Mercado de Capitais (Animec) está preocupada com a situação dos minoritários do Banespa após a privatização do banco. Isso porque, o Santander tem histórico de conflito com minoritários.

Por Agencia Estado
Atualização:

O comportamento do Santander com os minoritários do Banespa já está preocupando os acionistas do banco paulista. O presidente da Associação Nacional dos Investidores do Mercado de Capitais (Animec), Waldir Corrêa, afirmou que vai ficar atento aos próximos passos da instituição espanhola. A preocupação da Animec deve-se ao histórico do Santander com os minoritários. No ano passado, o banco incorporou o Noroeste, em uma operação que gerou muita polêmica. Analistas de mercado acreditam que o Santander deve fechar o capital do Banespa. No entanto, como o Santander pagou um ágio muito elevado na privatização, a oferta para comprar os papéis em poder dos minoritários não deve ser tão atraente. Para diluir o custo de capital, os novos controladores que participaram do processo de privatização têm realizado ofertas pelas ações das empresas no mercado, pagando valores bem inferiores aos oferecidos nos leilões. Santander tem histórico de conflito com minoritários O Santander tem um histórico de conflitos com minoritários no Brasil. No ano passado, um grupo de acionistas do Noroeste tentou anular a assembléia que aprovou a incorporação do banco pelo Santander Brasil. A discussão foi quanto ao valor oferecido pelo grupo espanhol aos minoritários, uma vez que o Noroeste seria extinto. O Santander Brasil se propôs a pagar R$ 1,0982 por ação, mas os acionistas reivindicavam R$ 2,4159 por ação. No entanto, para a oferta os minoritários, foi tomado como base o patrimônio líquido do Noroeste em 31 de maio de 1999, que totalizava R$ 635,838 milhões, ou R$ 1,0982 por ação. Os minoritários chegaram a encomendar um relatório de revisão para questionar a incorporação do Noroeste pelo Santander Brasil. O relatório aponta alguns aspectos que não foram adequadamente tratados na avaliação utilizada na operação. Um dos pontos destacados na época pela consultoria era o comportamento do lucro líquido projetado para as instituições, no período de 1999 a 2006. Considerou-se que o resultado do Santander Brasil cresceria 534,3%, para R$ 444 milhões, enquanto a evolução para o Santander Noroeste ficaria em 120,2%, fechando em R$ 196 milhões.

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