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Banho frio e menos carne são alternativas

SALVADOR - A funcionária pública Soraya Gaspar, que vive em Salvador, reduziu as idas aos shoppings e o uso de eletrodomésticos. Seu marido, Salassier Oliveira, diminuiu as compras de carne vermelha e até começou a tomar banho frio para fazer com que as despesas se encaixem no orçamento da família.

Por Cleusa Duarte
Atualização:

“Temos evitado passear nos shoppings, porque a comida está cara. Se entrar no cinema tem a pipoca, as balas e os chocolates. Além disso, sempre dá aquela vontade de comprar uma blusa, um vestido. Temos evitado o que podemos”, conta Soraya, que trabalha na Prefeitura de Salvador.

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Além de diminuir os passeios em shoppings, ela destaca que, com a energia cara, a ordem para a empregada é utilizar a máquina de lavar roupa duas vezes na semana e o ferro de passar apenas uma vez. “Micro-ondas só em caso de emergência.”

Mas a redução de custos não fica por aí. A filha de 11 anos, Nicole, começou a pegar carona com a amiga e vizinha. “Vendemos um carro e estamos eu e meu marido também dividindo o transporte. Para a escola uma mãe leva e outra busca. Fiz as contas. Eram gastos R$ 400 só de gasolina para cumprir esse roteiro todo o mês.”

“Estou tomando banho frio”, conta Salassier. Bem humorado, ele, que costuma ser o responsável pela compra do mercado, diz que tem evitado levar para casa carne bovina. “Subiu muito, então estou optando pelo frango, que rende mais. O peixe que gosto, a tilápia, está caríssimo, então a maneira é consumir mais frango.”

Para as crianças, a pior parte fica por conta da redução do tempo no chuveiro e das idas ao cinema. “Minha mãe alerta sempre, que estou demorando no chuveiro, aí é a parte ruim. Diminuir os passeios também é ruim, mas por outro lado tem a carona solidária e é legal ir acompanhada de amigas”, diz Nicole.

A funcionária pública observa que, como a inflação concentrada nos preços de itens básicos, como comida, gasolina e energia, “não tem para onde correr, tem que economizar”.

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