
04 de julho de 2013 | 15h55
SÃO PAULO - Muitas versões da boneca Barbie já foram criadas desde que ela foi inventada em 1959, baseada em uma boneca erótica alemã. Já foram lançadas Barbies de diferentes profissões, origens étcnicas e fantasias que a ajudaram a virar a boneca mais vendida no mundo.
Agora começam a surgir variações para aqueles que sempre criticaram a sua principal característica: a de ser doentiamente magra, beirando a anorexia.
Um designer norte-americano criou um protótipo em 3D de uma Barbie muito menos magra e mais curvilínea, baseada nas dimensões das mulheres de verdade.
Nickolay Lamm criou o protótipo da boneca com altura menor, pernas menos compridas e corpo um pouco mais 'alcançável', já que uma das principais críticas à boneca é que ela prega um tipo físico impossível, mesmo com os mais drásticos regimes.
O artista usou as medidas padrão de uma mulher com 19 anos norte-americana. "Se criticamos a magreza das modelos, devíamos pelo menos estar abertos à possibilidade de que a Barbie pode também influenciar negativamente as crianças", explicou o artista ao jornal "The Huffington Post".
"A Barbie proporcional à realidade também é atrativa", acrescentou Nickolay Lamm.
Anorexia. Galia Slayen, estudante universitária americana que sofreu de distúrbio alimentar, também tentou fazer uma Barbie real em tamanho natural, mas ficou chocada com o resultado.
O resultado da sua experiência foi uma mulher extravagante, com as pernas finas como lápis e seios que ameaçavam derrubá-la. O índice de massa corporal (IMC) era de uma pessoas com anorexia grave.
"Se a Barbie fosse uma mulher de verdade, ela provavelmente não iria menstruar e teria que andar de quatro, devido às suas proporções", disse a estudante. Outra consequência da magreza e altura exageradas seria a osteoporose e a baixa frequência cardíaca
A estudante disse à rede CBS News que o objetivo da sua versão da Barbie é apenas o de chamar a atenção das pessoas. Os transtornos alimentares, segundo ela, são pouco comentados, apesar da sua gravidade.
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