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Barclays e ABN acertam possível fusão e dividem cargos

Instituições reforçaram nesta terça-feira uma carta de intenções para um acerto, incluindo o uso do Banco Central Holandês como principal regulador do negócio

Por Agencia Estado
Atualização:

O banco britânico Barclays e o rival holandês ABN Amro afirmaram que uma fusão das duas empresas seria listada em Londres, teria a sede em Amsterdã e divisão dos dois principais cargos. O presidente-executivo do Barclays, John Varley, está pronto para assumir o mesmo posto no banco unido e Rijkman Groenink, do ABN, provavelmente seria o chairman, de acordo com a proposta. O Barclays e o ABN reforçaram nesta terça-feira uma carta de intenções para um acerto, incluindo o uso do Banco Central Holandês como principal regulador e uma diretoria e estruturas de administração e governança britânicas. Os bancos estão em discussões exclusivas sobre a criação de uma companhia no valor de mais de 160 bilhões de dólares, o que representaria o maior acordo de serviços financeiros da história européia. Se fechado, o acerto deve levar o Barclays a pagar mais de US$ 80 bilhões pelo rival, a maior parte disso em ações, segundo analistas. Os dois buscam acertar a união dentro de 30 dias, disseram fontes próximas ao assunto nesta terça-feira. Contra-propostas Analistas afirmaram que o Barclays pareceu fazer algumas concessões ao ABN, o que pode reduzir a necessidade de pagamento de altos prêmios, e demonstrou não estar ditando as condições do acordo. Apesar da mudança de sede, o banco britânico manterá o prédio no distrito financeiro de Londres, segundo uma fonte. O plano de um acordo de união dentro de um mês levaria as negociações até perto da reunião anual de acionistas do ABN, em 26 de abril, quando o banco deve responder ao fundo de hedge britânico TCI para estudar uma venda ou uma separação. O TCI disse em uma nota antes de os termos da discussão serem anunciados que aprova as negociações, mas espera que elas não impeçam o ABN de avaliar outras propostas. Outros bancos, incluindo ING, BBVA e BNP Paribas, se interessaram recentemente por todo o ABN ou por parte dele, segundo fontes. Analistas dizem que HSBC, Royal Bank of Scotland e Santander podem gerar sinergias maiores e pagar um preço mais alto pelo ABN. Vários analistas previram que o Barclays deve oferecer entre 33 e 35 euros por ação do ABN.

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