O banco britânico Barclays informou nesta quinta-feira, 15, que seu lucro caiu no primeiro trimestre e evitou excluir uma emissão depois que sofreu impacto de 1 bilhão de libras (US$ 2 bilhões) relacionado à crise de aperto de crédito. A quantia é menor do que as perdas sofridas por muitos outros bancos, mas o colchão de capital da instituição britânica continua um dos mais finos entre bancos europeus, especialmente depois que os rivais Royal Bank of Scotland e HBOS revelaram grandes emissões. Veja também: Cronologia da crise financeira Entenda a crise nos Estados Unidos Diante das baixa contábeis e de menor crescimento de receita em um mercado financeiro que continua frágil, o diretor de finanças, Chris Lucas, disse a analistas que está confortável com a previsão de lucro do terceiro maior banco da Inglaterra em 2008 de 6,4 bilhões de libras, valor 10% menor que o obtido em 2007. Às 8h41 (horário de Brasília), as ações do Barclays recuavam 3,28%, liderando a baixa do setor bancário britânico. Analistas afirmaram que a queda deve-se a preocupações de que o banco não ampliou sua posição de capital, o que pode potencialmente constranger crescimento futuro. O banco, que não revelou o tamanho da queda de lucro do primeiro trimestre, está mantendo suas opções abertas sobre melhoria de capital, disse Lucas. Quando perguntado se isso significa que o Barclays pode fazer uma emissão, ele afirmou: "Estamos deixando claro que todas as opções continuam disponíveis". O executivo informou ainda que o banco não pretende seguir estratégia de vários outros rivais de pagar dividendos em ações para economizar dinheiro.