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Barreiras ao aço vão custar US$ 400 milhões ao ano, diz Camex

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Roberto Gianetti da Fonseca, disse nesta segunda-feira que os efeitos econômicos das restrições impostas pelo governo americano à importação do aço brasileiro serão da ordem de US$ 400 milhões por ano, tanto pelas exportações que deixarão de ser feitas quanto pela expansão programada das vendas que não ocorrerá mais. Ele destacou, no entanto, que o mais relevante nesse embate é a legitimidade do ato pelo governo americano. "Esta foi uma posição extremamente política do governo dos Estados Unidos, que não se encaixa dentro das normas de salvaguardas previstas pela OMC e também não vai se traduzir na recuperação do setor siderúrgico dos Estados Unidos. Neste sentido, a medida é inócua. Daqui a três anos as siderúrgicas dos EUA vão continuar com os mesmos problemas de hoje, pois não há investidor interessado em aplicar em empresas debilitadas", afirmou o secretário, durante evento paralelo à reunião do BID, em Fortaleza. Ele disse ainda que o governo considera uma contradição o fato de os americanos desconhecerem as possibilidades de ganho com a complementação produtiva entre os dois países no setor. Gianetti disse ainda que o protecionismo americano acabará prejudicando o consumidor daquele país, dado que todos os produtos industrializados que dependem do aço terão aumento significativo de custos. "Talvez seja melhor perder um emprego no setor siderúrgico do que cinco na cadeia produtiva", disse. "Um mau exemplo para o comércio internacional foi dado pelos Estados Unidos."

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