O barril de petróleo Brent, referencial na Europa, atingiu nesta quinta-feira uma nova máxima histórica às 11h45 de Brasília, cotado a US$ 76,23 no Intercontinental Exchange Futures (IEF) de Londres. O motivo, mais uma vez, é o conflito nuclear no Irão, somado à crise entre Israel e o Líbano. Logo após atingir a marca histórica, o produto caiu, às 11h55, para US$ 76,10. Segundo Mohammed Ali Zeimi, o mercado teme que os ataques israelenses contra seus vizinhos árabes provoquem reações em outros países muçulmanos, como o próprio Irã, fazendo com que o conflito se estenda à toda a região - o que pode afetar o fornecimento de petróleo. Não pode ser descartada a possibilidade de que a organização terrorista Al Qaeda tente se vingar, "cometendo atentados contra países como a Arábia Saudita", aliado dos Estados Unidos e principal produtor de petróleo da região. Outro fator que impulsionou a alta do petróleo foi a previsão da Agência Internacional de Energia (IEA), que alertou na última quarta-feira que as altas no preço do petróleo nos próximos anos serão maiores do que foram na última década. Também contribuem com o aumento da cotação do petróleo a queda das reservas dos Estados Unidos, líder mundial no consumo de petróleo, que na semana passada apontaram uma redução de seis milhões de barris.