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Barros: com BC independente, ciclo de juros seria menor

Por RICARDO LEOPOLDO E FRANCISCO CARLOS DE ASSIS
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O economista-chefe do banco Bradesco, Octávio de Barros, afirmou nesta segunda-feira, 28, que dois temas são muito importantes para melhorar a imagem do Brasil perante os agentes econômicos nacionais e estrangeiros. O primeiro é a independência formal do Banco Central. "É um avanço institucional fundamental e estamos preparados para ele. Se adotado, isso faria despencar os juros futuros", destacou. "Se a independência já estivesse em prática há vários anos, o atual ciclo de elevação da Selic realizada pelo Copom desde abril de 2003 talvez precisaria ser a metade", comentou. "Defendo também uma lei que limite o gasto publico total em relação ao crescimento do PIB nominal", destacou o economista durante seminário em São Paulo.Barros também disse que a regra de reajuste do salário mínimo precisa ser revista, dado que esse indicador, inclusive, se aproxima do salário médio do País. "Se é mínimo, não pode ser médio", comentou. Ele ressaltou que não é contrário aos benefícios sociais gerados pelo avanço do poder de compra do salário básico da economia. Mas ele destacou que a regra atual de reajuste - alta real baseada na taxa de aumento do PIB registra dois anos antes - precisa ser revista, inclusive porque provoca grande ônus financeiro sobre o setor público, com o pagamento do funcionalismo da ativa e aposentados.

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