Brasília - Cada dia com a sua agonia. Assim o Planalto está pensando, neste momento, em relação à ameaça da Federação Única dos Petroleiros, de deflagrar greve, por 72 horas, a partir da meia-noite de quarta-feira. O governo evitou traçar estratégias em relação a essa questão por enquanto porque está concentrado na tentativa de esperar que as medidas destinadas aos caminhoneiros surtam efeito para que eles retomem às atividades e isso desencoraje os petroleiros.++ AO VIVO: Acompanhe a greve dos caminhoneiros
O discurso oficial, no entanto, é que, neste primeiro momento, o assunto dos petroleiros é com a Petrobrás. No entanto, ignorar esse problema que se avizinha e que tem fator explosivo tão grande quanto o dos caminhoneiros pode ser outro erro do presidente Michel Temer e do Palácio do Planalto. ++ Petroleiros decidem entrar em greve na próxima quarta-feira
A avaliação inicial é de que a Petrobrás tem um plano de contingência para administrar o caso, embora ele não seja de longo prazo. Como a paralisação prometida é de 72 horas, a avaliação inicial é de que o plano de contingência cobre esse período e os prejuízos não seriam sentidos.
Paralelamente a isso, neste domingo, o governo começou a estudar a possibilidade de entrar com algum tipo de ação na Justiça para tentar barrar a greve dos petroleiros, anunciada para ser deflagrada a partir da meia-noite de quarta-feira. A ação teria de ser impetrada pela Advocacia Geral da União (AGU), possivelmente no Supremo Tribunal Federal (STF), para ter abrangência em todas as refinarias do País.
O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, ao ser questionado sobre a ameaça de greve dos petroleiros, deu o sinal de que o governo está colocando esse assunto em segundo plano neste momento. Para ele, essa "é outra situação. Vai ser tratada de outra forma".
O governo entende que essa é uma manifestação política, comandada por um partido de oposição ao Planalto. A Federação Única dos Petroleiros é controlada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), ligada ao PT.