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Bastidores: Ameaça de greve dos petroleiros será tratada pelo governo em um segundo momento

Questão é vista como manifestação política, comandada por um partido de oposição ao Planalto

Por Tania Monteiro
Atualização:

Brasília - Cada dia com a sua agonia. Assim o Planalto está pensando, neste momento, em relação à ameaça da Federação Única dos Petroleiros, de deflagrar greve, por 72 horas, a partir da meia-noite de quarta-feira. O governo evitou traçar estratégias em relação a essa questão por enquanto porque está concentrado na tentativa de esperar que as medidas destinadas aos caminhoneiros surtam efeito para que eles retomem às atividades e isso desencoraje os petroleiros.++ AO VIVO: Acompanhe a greve dos caminhoneiros

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O discurso oficial, no entanto, é que, neste primeiro momento, o assunto dos petroleiros é com a Petrobrás. No entanto, ignorar esse problema que se avizinha e que tem fator explosivo tão grande quanto o dos caminhoneiros pode ser outro erro do presidente Michel Temer e do Palácio do Planalto. ++ Petroleiros decidem entrar em greve na próxima quarta-feira

A avaliação inicial é de que a Petrobrás tem um plano de contingência para administrar o caso, embora ele não seja de longo prazo. Como a paralisação prometida é de 72 horas, a avaliação inicial é de que o plano de contingência cobre esse período e os prejuízos não seriam sentidos.

Paralelamente a isso, neste domingo, o governo começou a estudar a possibilidade de entrar com algum tipo de ação na Justiça para tentar barrar a greve dos petroleiros, anunciada para ser deflagrada a partir da meia-noite de quarta-feira. A ação teria de ser impetrada pela Advocacia Geral da União (AGU), possivelmente no Supremo Tribunal Federal (STF), para ter abrangência em todas as refinarias do País.

Comunicado será enviado ainda neste sábado à Petrobrás Foto: AP Photo/Silvia Izquierdo

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, ao ser questionado sobre a ameaça de greve dos petroleiros, deu o sinal de que o governo está colocando esse assunto em segundo plano neste momento. Para ele, essa "é outra situação. Vai ser tratada de outra forma".

O governo entende que essa é uma manifestação política, comandada por um partido de oposição ao Planalto. A Federação Única dos Petroleiros é controlada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), ligada ao PT. 

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