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BB: analistas dividem-se sobre recomendação

Os investidores começam a avaliar as perspectivas para o desempenho das ações do BB. O governo anunciou que vai realizar a venda pulverizada de ações ordinárias da instituição. Analistas estão divididos em relação à recomendação para a compra das ações do banco.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os investidores começam a avaliar as perspectivas para o desempenho das ações do Branco do Brasil. Isso porque, na semana passada, o diretor de produtos estruturados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Eduardo Gentil, anunciou que o governo vai realizar a venda pulverizada de ações ordinárias (ON, com direito a voto) da instituição. Analistas estão divididos em relação à recomendação para a compra das ações do banco. Segundo eles, há fatores negativos que prejudicam a instituição, como o fato de ter uma administração pública. Por outro lado, o banco conta com uma significativa base de clientes. Para Júlio Ziegelmann, da BankBoston Asset Management, o risco político é a principal desvantagem das ações do Banco do Brasil. Ele avalia que o fato de ter uma administração pública aumenta o risco do papel, já que não se descarta a possibilidade de que instituição seja levada a realizar operações que não objetivam lucro. Ele lembra que, mesmo após a venda dessas ações, o banco continuará com administração pública e, como haverá mudança de governo, o risco político ganha ainda mais relevância. De qualquer forma, parte dos analistas acredita que a compra de ações ordinárias do Banco do Brasil é uma boa alternativa de investimento. Eles avaliam que o efeito negativo do risco político é amenizado pela qualidade da base de clientes formada, principalmente, por funcionários públicos, considerado um grupo de menor risco para crédito. O analista de investimentos da Planner Corretora de Valores, Mauro Mazzaro, tem recomendação de compra para esse papel. Já Marco Aurélio Barbosa, analista de investimentos da Coinvalores Corretora, recomenda manutenção. "Isso significa que quem tem a ação não deve vender e quem não tem não deve comprar", explica. Barbosa estipula como preço-alvo para a ação ordinária em 12 meses R$ 14,00. Frente a esse patamar, o espaço para ganho é de 37,93%, levando-se em conta o fechamento de ontem. "O investidor deve acompanhar com atenção os acontecimentos políticos. No médio e longo prazo, a ação até pode ser uma boa alternativa, mas é preciso estar preparado para os efeitos que o risco político traz para o papel", afirma. Como será a operação Na semana passada, o diretor de produtos estruturados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Eduardo Gentil, anunciou que o governo vai realizar a venda pulverizada de 17,7% das ações ordinárias (ON, com direito a voto) da instituição. Essa porcentagem representa o volume necessário a ser vendido pelo governo para atingir os 25% de ações negociadas em mercado - limite para que o banco faça parte do Novo Mercado. Ainda não há uma data marcada para a venda dessas ações. O que já se sabe é que os trabalhadores poderão usar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para esse investimento, sendo limitado a R$ 500 milhões os recursos provenientes do Fundo para esse objetivo. Já é certo também que não haverá desconto para a compra dessas ações com recursos do FGTS, como aconteceu na venda das ações da Petrobrás e da Companhia Vale do Rio Doce. O desconto será dado apenas para a compra à vista com recursos próprios e será de 5% (veja mais informações nos links abaixo).

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