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BB e Correios ampliam oferta de produtos do Banco Postal

Acordo representa fase intermediária à criação do Banco Postal como instituição financeira, que terá estatais como sócias

Foto do author Aline Bronzati
Por Aline Bronzati (Broadcast)
Atualização:

O Banco do Brasil e os Correios deram mais um passo no sentido de tornar o banco Postal uma instituição financeira ao firmarem um acordo para ampliar o portfólio de produtos ofertados e a rede de atendimento. Com o contrato, fechado em 27 de fevereiro, o leque de soluções distribuídas nas agências deve crescer já a partir de abril, segundo Alexandre Corrêa Abreu, vice-presidente de Negócios de Varejo do BB, incluindo seguros, cartões, crédito e aplicações. Já o número de pontos de atendimento, atualmente em 6,2 mil e que contempla apenas a rede própria dos Correios, conforme ele, terá a inserção de mais de 1.093 unidades franqueadas da empresa.O novo contrato, submetido ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), representa uma fase intermediária do Postal para se tornar uma instituição financeira, o que pode ocorrer em meados de 2015, segundo Abreu. Antes disso, deve ser aprovado ainda no primeiro semestre deste ano o plano de negócios do banco para que, posteriormente, seja submetido aos órgãos reguladores. Ao ser oficializado como banco, o Postal passará a ter uma estrutura independente do BB, que hoje utiliza os Correios como correspondente bancário. A nova instituição financeira vai requerer uma diretoria e também terá um quadro próprio de funcionários. "O plano de negócios está prestes a ficar pronto. Podemos, inclusive, antecipar a conclusão do mesmo para antes do final do primeiro semestre de 2014", disse Abreu. Sociedade. Hoje, os produtos e serviços oferecidos na rede do Postal, de acordo com Abreu, são "básicos" e incluem conta corrente, poupança, uma modalidade de empréstimo e cartão de crédito. Com o novo contrato, este leque passa a incluir cartões pré-pagos, seguros, outras linhas de crédito, consórcio, financiamento rural e imobiliário, além de toda a gama de aplicações financeiras, como letras de crédito agrícola e imobiliária, ambas com isenção fiscal para o investidor. Na mira do Postal estão, segundo a vice-presidente de negócios dos Correios, Morgana Cristina, a nova classe média e ainda os novos entrantes no sistema bancário brasileiro. A parcela da população que ainda não possui conta corrente é estimada em 55 milhões de pessoas, o que representa mais de R$ 600 bilhões por ano que não passa pelos bancos. Desde janeiro de 2012, quando o BB venceu a licitação para usar a rede dos Correios como correspondente bancário, com o pagamento de R$ 2,3 bilhões, foram abertas 2,2 milhões de contas correntes e realizadas mais de 200 milhões de transações. No ano passado, o Postal liberou R$ 547 milhões em crédito, o dobro do ano anterior. A nova empresa, que está sendo constituída por BB e Correios, manterá a marca do Postal e cada um terá 50% do negócio.

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