28 de abril de 2010 | 00h00
Os dirigentes da instituição estão empenhados em fechar a capitalização ainda no primeiro semestre para evitar a "concorrência pesada" que pode acontecer caso a operação coincida com a capitalização da estatal do petróleo. O BB quer evitar a disputa de público e, ao mesmo tempo, impedir que a emissão de novas ações do BB ocorra em pleno período eleitoral. "Estamos trabalhando para a capitalização acontecer em maio", disse uma fonte à Agência Estado. "Não pode ter emissão de ação do BB e da Petrobrás, todo mundo vai para a Petrobrás. Isso não vale", disse. "A capitalização é para já", disse um técnico da área econômica.
A expectativa dos dirigentes é que, de fato, o BB seja capitalizado até, no máximo em junho, e a Petrobrás no segundo semestre. No entanto, consideram praticamente "carta marcada" o BB ser capitalizado em maio. Segundo uma fonte, nos próximos 15 dias a instituição estará concluindo "a papelada" com a CVM. A Comissão faz uma série de exigências antes de autorizar a operação de aumento de capital.
Essa mesma fonte disse que a capitalização do BB "o quanto antes" não está relacionada diretamente à edição da Medida Provisória 487, embora um dos artigos trate especificamente da possibilidade de capitalização de instituições financeiras sem ônus exclusivo para o Tesouro. Essa MP inova com uma série de ferramentas para que a União possa movimentar sua participação acionária e entrar com mais peso ou não no processo de capitalização de estatais e instituições financeiras federais, como o Banco do Brasil.
No caso do BB, a estratégia é a União renunciar ao direito de preferência na subscrição de ações para aumento de capital e ceder a posição ao FSB, que hoje tem em caixa R$ 16,9 bilhões. A capitalização do banco está estimada em cerca de R$ 9 bilhões, mas o preço corresponderá ao valor da ação no dia da operação.
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