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BBA: decisão do FED é o foco principal

Na visão de Edmar Bacha, do BBA, o aumento ou redução da taxa de juros dos EUA terá repercussões no mundo inteiro, inclusive no Brasil.

Por Agencia Estado
Atualização:

O responsável pelo escritório do Banco BBA em Nova Iorque, Edmar Bacha, está otimista quanto às perspectivas de desaceleração suave da economia norte-americana. Porém, ele alerta que ainda não é possível afirmar se esse cenário mais positivo vai se concretizar. Existem fatores que podem reverter essa tendência. Exemplo disso é o comportamento das Bolsas em Nova Iorque. Se a Nasdaq - bolsa que negocia ações das empresas de tecnologia -, por exemplo, voltar a disparar, a disposição dos investidores para o consumo pode aumentar novamente, por conta do efeito-riqueza. Isso acontece quando as ações sobem bastante, o patrimônio de quem as detém também sobe, provocando uma sensação de riqueza, que leva o aplicador a gastar mais. Isso não é desejável no momento, uma vez que o objetivo do banco central norte-americano (FED) é justamente desacelerar a economia. Bacha aposta que FED deverá manter os juros em 6,5% na reunião dos dias 27 e 28. No entanto, novas altas ao longo deste ano não podem ser descartadas. Para decisões futuras, o FED vai continuar acompanhando os dados sobre atividade econômica e índices de preços. Reflexos para o Brasil A decisão sobre os juros nos Estados Unidos tem impacto em todas as economias do mundo. Isso porque, com os juros altos, os Estados Unidos são o principal alvo para os investimentos. Além disso, caso a economia norte-americana seja desaquecida de forma brusca, poderá haver uma recessão em nível mundial, lembra Bacha. Essa hipótese, porém, é bem mais improvável do que há dois meses, ressalta. Com relação ao Brasil, ele vê com bons olhos o esforço fiscal realizado pelo governo, que vem cumprindo as metas acertadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI). No entanto, ele diz que o País precisa seguir mostrando essa disciplina nos próximos meses, além de considerar fundamental dar prosseguimento às reformas, principalmente a tributária e a da Previdência do servidor público.

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