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BBV recomenda ações da CST e Gerdau

Em sua análise sobre o setor de siderurgia, o analista Rony Stefano da BBV Corretora recomenda os papéis da Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) e Gerdau. Segundo ele, essas empresas têm melhores condições de enfrentar cenários turbulentos.

Por Agencia Estado
Atualização:

A BBV Corretora está iniciando a cobertura das ações do setor siderúrgico na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). As empresas preferidas do analista responsável pela área, Rony Stefano, são Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) e Gerdau. Segundo ele, essas siderúrgicas são as que estão em melhor posição para enfrentar cenários turbulentos na economia brasileira. A CST, afirmou, possui várias características defensivas, o que inclui uma produção voltada basicamente à exportação. Esse ponto é importante, pois protege a empresa da desvalorização do real. O analista espera também um aumento nas margens da empresa, após a entrada em operação do novo laminador de tiras a quente, prevista para o primeiro trimestre de 2002. Com isso, a empresa passará a vender produtos de maior valor agregado, elevando sua receita. Outro fator positivo relacionado à CST é sua propalada auto-suficiência energética, o que a protege de racionamentos. Stefano tem recomendação de compra para as ações da empresa, com preço-alvo de R$ 30,6 para este ano. Isso significa que os papéis ainda possuem espaço para subir 53%, na comparação com o fechamento de sexta-feira. Gerdau, que também recebeu recomendação de compra, "tem historicamente se mostrado menos suscetível a desacelerações econômicas de curto prazo", disse Stafano. O analista lembrou que a maioria dos clientes da empresa pertence à construção civil. A clientela cativa e a demanda inelástica contribuem também para que a Gerdau tenha um forte poder de determinação de preços de seus produtos, além de uma rede estabelecida de distribuição. O analista também ressaltou que a Gerdau será a única empresa brasileira a se beneficiar da adoção de supostas medidas protecionistas por parte de um dos maiores consumidores de produtos siderúrgicos, os Estados Unidos. "A companhia controla a Ameristeel , com sede americana, que contribui com cerca de 30% de suas receitas." Ele lembrou ainda que os preços dos principais produtos da Ameristeel subiram cerca de US$ 30 por tonelada quando as possíveis barreiras foram noticiadas. O preço-alvo para as ações é de R$ 27,2, com potencial de alta de 64,84%. Siderurgia em momento difícil Em seu estudo inicial de cobertura, Stefano comenta ainda que o cenário siderúrgico global encontra-se particularmente negativo no momento. Segundo ele, muitas empresas estão tendo que vender seus produtos abaixo do custo, na tentativa de manter suas fatias de mercado. Durante o segundo semestre deste ano e para 2002, o analista espera que a indústria responda a essa política com a redução das capacidades instaladas, fusões, ou ainda a decretação de falência de algumas companhias. Nesse quadro, as empresas brasileiras possuem uma vantagem competitiva: custo baixo de produção. "Apesar da dificuldade da indústria global, as margens de geração de caixa permanecem numa faixa entre 33% e 40%."

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