PUBLICIDADE

Publicidade

BC alerta que reajustes salariais devem pressupor inflação baixa

Por Agencia Estado
Atualização:

No relatório trimestral de inflação divulgado hoje, o Banco Central torna a alertar, a exemplo do que já fez no relatório de setembro, "que , em um ambiente mais propício à recomposição de margens, os reajustes salariais não sejam concedidos na presunção de que a política monetária acomodará seu repasse automático aos preços". Segundo o BC, "a recuperação dos salários reais que vem sendo observada é crucial para sustentação do crescimento econômico, mas a manutenção da estabilidade depende de que essa recuperação se dê mediante concessão de aumentos nominais consistentes com a hipótese de que a inflação permanecerá baixa, e não mediante a concessão de reajustes nominais mais generosos acompanhados de maior corrosão inflacionária no futuro". Inflação começa a cair a partir de meados de 2005 O Relatório de Inflação destaca que a projeção de inflação em 12 meses à frente com base no cenário de referência (juros de 17,75% ao ano e câmbio a R$ 2,75) só voltará a ficar abaixo da trajetória das metas em meados de 2005. "De acordo com o cenário de referência, a inflação acumulada em 12 meses à frente está acima da trajetória das metas a partir do terceiro trimestre de 2003, e, embora com alguma redução, permanece acima durante todo o ano de 2004", diz o documento do BC. A queda prevista para meados do próximo ano indica, de acordo com o texto do Relatório de Inflação, uma convergências da estimativa de inflação em 12 meses à frente para o ponto central da meta de 2006. Perspectiva para PIB O Relatório de Inflação também trouxe uma elevação da estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano de 4,4% para 5%. A projeção foi realizada a partir de um cenário de referência em que as taxas juros permanecem constantes em 17,75% ao ano e o câmbio fica em R$ 2,75. Para 2005, a previsão de expansão do PIB contida no mesmo documento ficou em 4%, porcentual também estimado tendo como base o mesmo cenário de juros a 17,75% e câmbio a R$ 2,75.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.