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BC alerta sobre alta da inflação: crescimento e demanda maior

Por Agencia Estado
Atualização:

O Banco Central (BC) incluiu a aceleração do crescimento da economia brasileira como um dos fatores que provocaram a piora das projeções de inflação do Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo a ata da última reunião do Comitê, divulgada hoje, os outros fatores são: aumento das expectativas de inflação dos agentes privados, revisão para cima das projeções das tarifas de telefonia e inflação de junho maior do que o esperado. A última reunião do Copom aconteceu na semana passada e a decisão dos membros do Comitê foi pela manutenção dos juros no patamar atual, de 16% ao ano. A Selic está neste patamar desde a reunião de abril, quando os juros foram reduzidos de 16,25% para 16% ao ano. Ou seja, há quatro meses a taxa Selic é mantida. Sobre a atividade econômica, os membros do Copom alertam na ata que a situação de rápido crescimento da demanda e de aumento dos investimentos "têm gerado uma maior incerteza sobre a capacidade de se expandir a oferta de bens e serviços sem a emergência de pressões inflacionárias". De acordo com o documento, é preciso avaliar com "cautela" as condições de oferta e de demanda na economia. Atividade econômica O Banco Central avalia ainda que pode estar ocorrendo na economia brasileira uma preenchimento mais rápido da capacidade ociosa existente. De acordo com a ata, essa possibilidade está indicada no crescimento da produção, que "surpreende" por não apresentar sinal de arrefecimento em relação ao ritmo acelerado dos últimos meses. "A expansão da atividade tem provocado um aumento da utilização média da capacidade instalada na indústria de transformação, que atingiu recentemente níveis recordes para os últimos anos", afirmam os membros do Copom na ata. Segundo eles, o setor de bens de capital é o que tem apresentado o maior crescimento na indústria. Os membros do Copom alertam que, num quadro como esse que combina rápido crescimento de demanda com retomada de investimentos, é mais imprecisa a avaliação das pressões inflacionárias.

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